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Política

Fracassa tentativa do governo Lula de barrar na Câmara votação do Marco Temporal

Requerimento para adiar a votação do projeto que trata de regras de demarcação de reservas indígenas foi derrotado

30 mai 2023 - 18h43
(atualizado às 19h36)
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BRASÍLIA - O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu a primeira derrota na Câmara, no início da noite desta terça-feira, ao ver rejeitado o requerimento para retirada de pauta do projeto de lei 490/2007, o chamado PL do Marco Temporal. Por 257 votos a 123, o plenário rejeitou o pedido de retirada.

BRASILIA DF NACIONAL CAMARA ARTHUR LIRA 02/05/2023 - Plenário - Sessão Deliberativa Extraordinária - Ordem do dia 02/05/2023 - Sessão para a votação de propostas legislativas. Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira FOTO BRUNO SPADA AGENCIA CAMARA
BRASILIA DF NACIONAL CAMARA ARTHUR LIRA 02/05/2023 - Plenário - Sessão Deliberativa Extraordinária - Ordem do dia 02/05/2023 - Sessão para a votação de propostas legislativas. Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira FOTO BRUNO SPADA AGENCIA CAMARA
Foto: BRUNO SPADA/AGENCIA CÂMARA / Estadão

O governo havia orientado a base a votar a favor da retirada, mas conseguiu menos da metade dos votos contra a remoção do projeto. O projeto estabelece como regra para demarcação de reservas indígenas apenas as áreas por eles ocupadas até a promulgação da Constituição em 1988. O resultado da primeira votação indica que o governo não teria votos para barrar sua aprovação ainda nesta terça.

Grupos de indígenas são contra a aprovação do projeto e fizeram atos em Brasília.

O projeto de lei é o único item da pauta da sessão plenária desta terça. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), confirmou que a votação visa antecipar o Supremo Tribunal Federal, que vai voltar a analisar o tema no próximo dia 6 de junho.

"O Congresso precisa demonstrar ao Supremo que está tratando a matéria com responsabilidade", disse. "Não temos nada contra os povos originários, mas estamos falando de 0,2% da população brasileira em cima de 14% do território".

Estadão
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