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Política

Frente do agronegócio cobra de PF investigação imparcial sobre dinheiro repassado a Braga Netto

Relatório policial cita que representantes do agronegócio teriam repassado recursos a general e ex-ministro. O dinheiro teria servido para bancar plano golpista que previa a morte de Lula

15 dez 2024 - 21h22
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BRASÍLIA - A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reagiu à menção ao agronegócio que aparece em relatório da Polícia Federal no caso da prisão do general e ex-ministro Walter Braga Netto. Em nota, a Frente defendeu que as investigações sejam conduzidas "com urgência e rigor" e de "forma imparcial".

Segundo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada, o general Braga Netto teria sido responsável por financiar as ações dos chamados Kids pretos, um grupo de militares que planejou matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministros do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o relato de Mauro Cid, o general Braga Netto teria declarado que conseguiu arrecadar os recursos junto a representantes do "agronegócio". Para a FPA, o caso retrata apenas uma "ação isolada". O dinheiro foi entregue aos Kids pretos em caixas de vinho.

"A FPA reforça a importância de que as investigações sejam conduzidas com urgência e rigor, apurando todos os indícios de ações criminosas de forma imparcial", afirma a frente, no comunicado, também pedindo que as investigações sejam conduzidas de "forma legal, transparente e equilibrada" e de acordo com a Constituição. "A FPA destaca a necessidade de que as investigações sejam conduzidas de forma legal, transparente, equilibrada e em estrita observância ao que determina a Constituição Federal."

O plano 'Punhal Verde e Amarelo', apreendido com o general reformado do Exército Mário Fernandes — ex-secretário-executivo da Presidência do governo Bolsonaro — envolvia a tentativa de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Em troca de mensagens durante o desenho da estratégia do ataque, Cid estima que precisaria de R$ 100 mil para custear a logística do plano. Cid diz também afirma que estariam arregimentando pessoas do Rio de Janeiro para o apoio do ato.

Estadão
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