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Política

Garotinho e Rosinha são presos por suposto faturamento

Suspeita sobre ex-governadores do Rio é sobre valor de licitações que ultrapassaram R$ 1 bilhão

3 set 2019 - 08h41
(atualizado às 08h41)
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Ministério Público no Rio de Janeiro (MP-RJ) deflagrou na manhã desta terça-feira, 3, a Operação Secretum Domus, e prendeu os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus. Também foram expedidos mandados contra outras três pessoas: Sérgio dos Santos Barcelos, Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha.

Ex-governadores do RJ Garotinho e Rosinha
10/05/2006
REUTERS/Sergio Moraes
Ex-governadores do RJ Garotinho e Rosinha 10/05/2006 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Os cinco são investigados pelo superfaturamento em contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos de Campos dos Goytacazes e a construtora Odebrecht, para a construção de casas populares dos programas "Morar Feliz I" e "Morar Feliz II" durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita.

As ordens de prisão foram expedidas pela 2ª vara de Campos dos Goytacazes, na região norte fluminense, com base nas delações de dois executivos da construtora, Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior, fechadas no âmbito da Lava Jato.

O Ministério Público identificou o superfaturamento de mais de R$ 62 milhões nos contratos fechados com a Odebrecht. No total, o valor das licitações ultrapassaram R$ 1 bilhão. O prejuízo causado ao município pelo superfaturamento das obras, é de ao menos R$ 62 milhões, indica o MP.

De acordo com a Promotoria, as contratações, além de superfaturadas, foram "pagamento sistemático de quantias ilícitas, em espécie, em favor dos ex-governadores". As investigações identificaram o recebimento de R$ 25 milhões em propinas pagas pela Odebrecht.

Defesas

Até o fechamento desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos ex-governadores. O espaço está aberto para as manifestações de defesa.

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