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Política

Gilmar Mendes: STF "ficou a reboque das loucuras" de Janot

1 ago 2017 - 16h57
(atualizado às 17h00)
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Gilmar Mendes durante sessão do STF em Brasília
  20/6/2017    REUTERS/Ueslei Marcelino
Gilmar Mendes durante sessão do STF em Brasília 20/6/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Na primeira sessão após o recesso do Judiciário, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), partiu para o ataque ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao afirmar que a corte "errou" e "ficou a reboque das loucuras" do chefe do Ministério Público Federal (STF).

"Certamente o Supremo também errou. O Supremo foi muito concessivo, contribuiu com essa bagunça completa", disse Mendes. "As delações todas, as homologações sem discussão. Eu falei aqui. Uma bagunça completa, uma bagunça completa. E ficou a reboque das loucuras do procurador", criticou.

As declarações do ministro do STF, crítico de Janot e da atuação da Procuradoria-Geral da República, foram dadas em entrevista antes do início da sessão da Segunda Turma da Corte.

Segundo Mendes, há "tanta coisa" para ser questionada. Ele afirmou que há uma doutrina da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba e também patrocinada por Janot que, a seu juízo, "não tem nada a ver com o direito". Para ele, estabeleceu-se uma "loucura completa" com o direito penal tendo sido reescrito.

Para o ministro do STF, os juízes faltaram e começaram a não reparar em "absolutamente nada". Ele questionou o fato de terem chegado a falar em lealdade ao procurador. "Então isso precisa ser arrumado. O Brasil tem que de novo parar para pensar. A gente bagunçou tudo, agora temos que arrumar. É isso que tem que fazer", defendeu.

Questionado se a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, poderia melhorar essa situação, o ministro do STF cutucou: "É preciso voltar a um mínimo de decência, sobriedade e normalidade à Procuradoria da República". E mais à frente defendeu a atuação do Supremo. "Certamente o tribunal vai ter que se reposicionar até para voltar a um quadro de normalidade de decência."

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