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Política

Gleisi diz que PT vai precisar de mais de 4 anos no poder para consolidar projeto

Lula havia dito durante a campanha que não pretendia disputar a reeleição, mas partido já pressiona para que presidente busque novo mandato

13 abr 2023 - 11h51
(atualizado às 12h19)
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Gleisi Hoffmann e o presidente Lula
Gleisi Hoffmann e o presidente Lula
Foto: NurPhoto / NurPhoto pela Getty Images

A presidente do PT, Gleisi Hofmann, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o partido vai precisar de mais de quatro anos - tempo do atual mandato conferido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - para consolidar seu projeto de País. A manifestação se assemelha àquela feita pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Nas palavras de Gleisi, um projeto de mudança no País não se faz em só quatro anos.

"Precisa de mais tempo", afirmou a dirigente, no seminário de comunicação promovido pela sigla a filiados e assessores parlamentares.

Durante a abertura da roda de conversa, que vem em meio às críticas sofridas pelo Executivo após a Receita Federal ampliar o cerco contra a sonegação de impostos promovida por e-commerces estrangeiros, a presidente do PT disse ser preciso garantir que o governo dê certo.

Voz influente no Palácio do Planalto mesmo sem cargo no governo, Gleisi Hofmann diz que é preciso mais de quatro anos para consolidar projeto do PT no País.
Voz influente no Palácio do Planalto mesmo sem cargo no governo, Gleisi Hofmann diz que é preciso mais de quatro anos para consolidar projeto do PT no País.
Foto: André Dusek/Estadão / Estadão

"Queremos que esse governo dê certo. Essa é a grande oportunidade que o povo nos deu, de governar de novo esse país depois de tudo o que aconteceu. Não podemos perder essa oportunidade", declarou Gleisi Hoffmann, uma das aliadas mais próximas de Lula e voz influente no Palácio do Planalto.

Embora tenha dito durante a campanha que não pretendia concorrer à reeleição, Lula dá sinais de que pode, sim, disputar um quarto mandato em 2026. Como revelou o Estadão/Broadcast Político em 9 de fevereiro, o presidente foi aconselhado por aliados a deixar clara a possibilidade de ele mesmo ser o candidato nas próximas eleições, como forma de estancar uma disputa nos bastidores pela sua sucessão. Hoje, o favorito para o posto é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista à RedeTV! na semana passada, José Dirceu ressaltou que os 12 anos de um mesmo projeto de País à frente do governo não significa, necessariamente, apenas gestões petistas. Ressaltou, no entanto, que não vê outro nome para disputar as próximas eleições para além de Lula.

Estadão
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