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Política

Governador petista defende Cid Gomes e fala em "erros" do PT

Camilo Santana, reeleito no Ceará, disse minimizou declaração do senador do PDT

17 out 2018 - 13h54
(atualizado às 14h28)
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O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), saiu em defesa do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), depois que o pedetista criticou publicamente o PT por não fazer uma autocrítica durante as eleições presidenciais. Em visita ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), nesta quarta-feira, 17, Camilo disse que a iniciativa de Cid foi um "desabafo" e reforçou a importância do PT "reconhecer erros cometidos".

Camilo Santana (PT) foi reeleito governador do Ceará
Camilo Santana (PT) foi reeleito governador do Ceará
Foto: RENATO S. CERQUEIRA/ FUTURA PRESS / Estadão

"Considero que aquilo foi um momento de desabafo do ex-governador Cid Gomes. Nossa preocupação agora é com o País, com o futuro do Brasil e dos brasileiros. Sempre fui crítico e dei entrevistas, publicadas nacionalmente, dizendo que era importante o PT reconhecer alguns erros cometidos. Sugeri isso à direção nacional, isso é minha opinião há muito tempo. O Brasil precisa de um novo rumo, de diálogo, não de ódio, não de separação, não ter um presidente que usa uma arma como símbolo", disse ele.

A defesa que Camilo fez de Cid foi na contramão do que havia dito o deputado federal José Guimarães (PT-CE), seu colega de partido e membro da Executiva nacional do PT, que chegou a anunciar um "rompimento" entre os dois partidos, por conta das críticas de Cid.

Para Camilo, não existe a possibilidade de rompimento entre as duas legendas, como defendeu Guimarães. "Sem possibilidade disso acontecer. O PDT é um aliado nosso, me apoiou no Estado do Ceará. O PDT teve um candidato em nível nacional que concorreu com o candidato do PT. Problemas sempre existiram, sempre existirão", afirmou.

O governador do Ceará esteve no Senado para se reunir com Eunício Oliveira. Eles discutiram a aprovação de uma Medida Provisória que viabiliza a implantação de um Centro Integrado de Inteligência do Nordeste, a ser instalado no Ceará. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, também participou do encontro.

Após a reunião, Camilo afagou Eunício quando foi questionado se daria espaço para o senador em seu governo, já que o emedebista não foi reeleito no Senado.

"Eu tenho carinho e gratidão muito grande ao presidente do Senado, foi uma surpresa muito grande. Foi um grande prejuízo para o Estado do Ceará e para o Brasil. Nós vamos construir o futuro do estado do Ceará sempre com diálogo e o senador Eunício tem um papel fundamental nesse processo", disse o governador.

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