Governador eleito de SC se reúne com Bolsonaro, mas silencia sobre bloqueios
Com 16 pontos interditados, Estado é o que tem o maior número de obstruções de vias no País
O governador eleito de Santa Catarina, senador Jorginho Mello (PL), se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta quinta-feira, 3, no Palácio da Alvorada. Após o encontro em Brasília, no entanto, ambos não se pronunciaram sobre o bloqueio de rodovias por parte de manifestantes contrários à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de domingo, 30.
De acordo com o último balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, às 11h da manhã desta quinta-feira, 3, ainda existem no Estado 16 pontos bloqueados em rodovias federais. Santa Catarina é o Estado com maior número de bloqueios no País.
"Feliz em encontrar hoje, em Brasília, o capitão Jair Messias Bolsonaro, nosso presidente, para agradecer o apoio durante as eleições e reforçar que o povo catarinense está com ele. Durante café no Palácio da Alvorada também reafirmei meu compromisso com as pautas defendidas por ele. Além de ser nosso líder, Bolsonaro é um amigo. Por isso estaremos sempre ao seu lado, fechados com o capitão do povo", escreveu Mello nas redes sociais
Na quarta-feira, 2, Bolsonaro havia gravado vídeo pedindo que os manifestantes desbloqueiem as rodovias. Na sequência, Mello fez uma postagem em suas redes sociais em apoio ao presidente. "Nossos métodos jamais podem ser os mesmos daqueles que sempre prejudicaram a população, invadindo propriedades, destruindo patrimônios e prejudicando o direito de ir e vir", escreveu.
No dia anterior, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (Republicanos), também postou em sua conta em uma rede social que as forças de segurança estavam atuando para desbloquear os pontos interditados no Estado.
Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, os parlamentares ainda não se manifestaram pela liberação das rodovias ainda bloqueadas no Estado. Procurado, o deputado Fabiano da Luz (PT), por intermédio de sua assessoria, disse que não pretende fazer moção pedindo o desbloqueio e que a intenção é apaziguar a situação. Fabiano é líder do partido na Assembleia Legislativa do Estado.