O governo afastou do cargo nesta segunda-feira-feira o diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira. A exoneração aconteceu três dias depois do afastamento da presidente da presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Azevedo. As duas demissões foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
Segundo o documento, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, nomeou Rogério Augusto Viana Galloro para diretor-executivo da PF. Para a presidência da Funai, ela nomeou Maria Augusta Boulitreau Assirati interinamente.
Em nota divulgada à imprensa, a Polícia Federal afirmou que Teixeira aceitou um convite para trabalhar na Europa: "(Ele) foi exonerado da Diretoria Executiva em virtude de convite recebido, em setembro do ano passado, para assumir a Adidância da PF em Portugal, conforme divulgado pela própria imprensa no dia 28 de fevereiro deste ano. O delegado Rogério Augusto Viana Galloro, que ocupava a Adidância da PF nos Estados Unidos há dois anos, foi convidado para assumir a função de Diretor Executivo."
As mudanças nos comandos da Funai e da PF ocorrem pouco mais de uma semana após a morte do índio Osiel Gabriel, da etnia Terena, durante a reintegração de posse em uma fazenda na cidade de Sidrolândia (MS). Marta Azevedo havia anunciado sua saída na última sexta-feira.
30 de maio - Indígenas atearam fogo em prédios da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, durante operação de reintegração de posse realizada na quinta-feira. Durante confronto com policiais militares e federais, um índio morreu baleado e outros quatro ficaram feridos
Foto: Moisés Palácios / Futura Press
30 de maio - Incêndio produziu grande coluna de fumaça em fazenda no interior de MS
Foto: Moisés Palácios / Futura Press
30 de maio - Construção ficou destruída após incêndio
Foto: Moisés Palácios / Futura Press
30 de maio - A propriedade fica no interior da Terra Indígena Buriti, declarada pelo Ministério da Justiça como de ocupação tradicional em 2010
Foto: Moisés Palácios / Futura Press
30 de maio - Indígenas começam a deixar fazenda após operação de reintegração de posse
Foto: Moisés Palácios / Futura Press
30 de maio - Operação de retirada dos índios foi marcada pela tensão
Foto: Moisés Palácios / Futura Press
3 de junho - Osiel Gabriel foi enterrado em cemitério próximo à fazenda ocupada
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Lideranças indígenas prestam últimas homenagens a jovem terena morto em confronto com policiais
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Segundo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), cerimônia de sepultamento ocorreu em um misto de tristeza e indignação
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Corpo de Osiel passou por perícias para determinar origem do tiro que matou o jovem
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tenta negociar um encontro entre os indígenas e a presidente Dilma Rousseff
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Indígenas prometem permanecer na fazenda ocupada mesmo após nova ordem de reintegração de posse
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Grupo da etnia terena se sentiu traído com decisão após negociar 'trégua' em reunião com o CNJ
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Índios rasgam cópias da decisão judicial que os obriga a deixar a fazenda Buriti em 48 horas
Foto: Marcos Ermínio / Campo Grande News
3 de junho - Corpo do índio Osiel Gabriel, morto em confronto com policiais federais e militares, é enterrado em clima de revolta na aldeia Córrego do Meio, em Sidrolândia (MS)