Governo de SP prepara PDV em empresas na mira de Doria
Projeto enviado à Assembleia Legislativa prevê a privatização de seis estatais, entre elas a Dersa e a Prodesp
O governo de São Paulo prepara um programa de demissão voluntária (PDV) para funcionários das seis empresas estatais incluídas no projeto de lei 1 de 2019. O texto, se aprovado, permitirá ao Executivo vender, fundir ou extinguir as entidades.
No começo do ano, o governo solicitou que as empresas dessem sugestões para o programa. Atualmente, a deliberação está no Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), ligado à Secretaria da Fazenda.
Após todas sugestões recebidas, o governo de João Doria decidirá a formatação final do programa. No fim de 2018, houve um programa de demissão voluntária no Estado, mas que não tem relação com o atual.
Por ser muito ampla, a proposta de desestatização de Doria sofre forte resistência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O projeto tramita em regime de urgência.
As empresas incluídas o texto são Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), Companhia Paulista de Obras e Serviços (Cpos), Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), Imprensa Oficial do Estado S.A. (Imesp) e Companhia de Processamente de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).
Apesar de o projeto enviado pelo governo à Alesp não especificar o que será feito de cada empresa, o plano para duas delas, Prodesp e Imesp, seria a fusão. Especula-se que a Dersa seria extinta.
O presidente da Imesp, Nourival Pantano Júnior, citou o PDV em audiência pública realizada na Alesp nessa terça-feira (9) sobre a proposta de Doria, sem dar mais detalhes no púlpito.
Procurado pelo Terra após sua fala, explicou que há a expectativa de que o plano de demissões voluntárias “seja único para todo o Estado”.
A audiência encheu um auditório da Assembleia de funcionários das empresas na mira de Doria. Eles temem por seus empregos. Também defendem que as empresas têm função social importante e que mexer nelas seria prejudicial ao Estado.