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Política

Governo do RS faz votação na internet sobre reforma política

3 jul 2013 - 22h33
(atualizado às 22h36)
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O governo do Estado do Rio Grande do Sul lançou nesta quarta-feira uma votação na internet sobre a refoma política. A consulta tem como objetivo colher contribuições da população gaúcha sobre o tema que serão encaminhadas ao Congresso Nacional. A votação pode ser acessada no site do Gabinete Digital do Estado.

A consulta, que estará disponível até 17 de julho, é constituída de duas perguntas. Na primeira, o usuário tem a opção de escolher se a reforma política deve ser feita pelo atual Congresso ou por meio da convocação de uma Câmara Constituinte exclusiva.

A segunda questão tenta identificar quais as prioridades de mudanças no sistema político brasileiro. Nela, o eleitor opta, entre as propostas apresentadas, por aquelas que consideram mais prioritárias.

As alternativas são apresentadas em pares, montados aleatoriamente a cada rodada, para que o participante vote em uma delas, priorizando-a em relação à outra. Após clicar na preferida, surge um novo par de propostas, e assim sucessivamente. É possível optar por não decidir sobre um par de sugestões ou, ainda, enviar a própria ideia. Entre as propostas que integram a pesquisa estão o voto facultativo, o financiamento público de campanhas, tempo de propaganda igual para todos os partidos e unificação do calendário de eleições.

A metodologia, segundo o governo do Rio Grande do Sul, é fruto de uma pesquisa da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e já foi utilizada em consultas públicas em outros países e em duas edições do projeto chamado Governador Pergunta. A segunda edição, sobre segurança no trânsito, teve mais de 240 mil votos, caracterizando-se como a maior consulta pública digital já realizada no Brasil, segundo o governo do RS. O formato, conforme os desenvolvedores, evita que o usuário priorize itens privilegiados pelo layout ou que grupos se organizem para favorecer interesses de uma determinada categoria, garantindo a integridade e a credibilidade do resultado.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

Dilma e oposição ainda discutirão reforma políticaClique no link para iniciar o vídeo
Dilma e oposição ainda discutirão reforma política

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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