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Política

Governo estuda desvincular salário mínimo da inflação, afirma Guedes; Ministro nega reajuste menor

Mudança poderá ser incluída na PEC que está sendo montada para dar continuidade ao pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600

20 out 2022 - 20h40
(atualizado às 20h50)
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Paulo Guedes em reunião na Confederação Nacional do Comércio (CNC)
Paulo Guedes em reunião na Confederação Nacional do Comércio (CNC)
Foto: Poder360

O Governo Federal estuda desvincular o reajuste do salário mínimo e de aposentadoria ao índice de inflação do ano anterior, confirmou o ministro da economia Paulo Guedes nesta quinta-feira, 20. Guedes negou, no entanto, que o reajuste será menor que a inflação. 

A declaração foi feita durante um encontro com empresários na sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC), no Rio de Janeiro. O ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) descartou que o objetivo seja impedir o ganho real de trabalhadores e aposentados. 

A mudança poderá ser incluída no texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que está sendo organizada para garantir recursos e a manutenção do Auxílio Brasil. O aumento de R$ 600 é válido somente até dezembro de 2022 e depende da proposta para a continuidade do benefício em 2023. 

"É claro que vai ter o aumento do salário mínimo e aposentadorias pelo menos igual à inflação, mas pode ser até que seja mais. Quando se fala em desindexar, as pessoas geralmente pensam que vai ser menos que a inflação, mas pode ser o contrário", afirmou Guedes durante a reunião. 

Guedes afirmou, ainda, que depois da contribuição dos servidores públicos durante a pandemia, o governo se programa para voltar a dar reajustes ao funcionalismo. Em 2023, o aumento poderia ser entre 5% e 5,5% em 2023, a um custo de R$ 10 bilhões, afirmou.

O ministro acrescentou que o governo já tem acordada uma PEC para viabilizar a taxação de lucros e dividendos e levantar assim os recursos necessários para financiar o Auxílio Brasil de R$ 600 a partir do próximo ano.

"Você precisa ter a tributação de lucros e dividendos, para distribuir os recursos para os mais frágeis. Aproveitando que nós vamos fazer isso nós vamos consertar o teto", disse Guedes.

Fonte: Redação Terra
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