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Política

Governo intercedeu por pastor investigado junto ao MEC, diz jornal

Email mostra que o pedido foi feito do gabinete do ministro da Casa Civil

8 jul 2022 - 13h49
(atualizado às 13h50)
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Milton Ribeiro com os pastores Arilton Moura (ao fundo) e Gilmar Santos em culto em Goiânia
Milton Ribeiro com os pastores Arilton Moura (ao fundo) e Gilmar Santos em culto em Goiânia
Foto: Redes sociais

O Palácio do Planalto pediu ao MEC (Ministério da Educação) para receber um dos pastores investigados no escândalo da Educação e ainda cobrou retorno sobre as providênias adotadas. O pastor em questão é Arilton Moura, que é próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é da 'Folha de S. Paulo'.

O jornal teve acesso a um email enviado em 7 de janeiro de 2021 pelo gabinete do ministro da Casa Civil, posto na época ocupado pelo general Walter Braga Netto, cotado para ser vice na chapa de Bolsonaro neste ano.

A mensagem pede para o MEC avaliar a "pertinência em atender" o pastor Arilton Moura e cobra retorno sobre as "providências adotadas por esse Ministério". O pedido acontece depois da assessora do pastor, Nely Carneiro da Veiga Jardim, pedir um encontro com o general Braga Netto.

Moura chegou a ser preso no final do mês passado na investigação que apura o escândalo de corrupação no MEC. O pastor Gilmar Santos e o ex-ministro MIlton Ribeiro também foram detidos. Todos acabaram liberados no dia seguinte a prisão.

Áudios divulgados em março pelo jornal 'O Estado de S. Paulo' e pela 'Folha de S. Paulo' revelaram que os pastores negociavam a liberação de recursos federais da Educação com prefeitos, mesmo sem ocupar nenhum cargo oficial no governo.

Fonte: Redação Terra
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