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Política

Governo Lula condecora padre Júlio Lancellotti com medalha da Ordem do Ministério da Justiça

Homenagem é direcionada para pessoas com atuação de destaque nos serviços que envolvem a pasta; pároco foi alvo de ameaça neste domingo, 27

29 ago 2023 - 08h54
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no grau de Grã-Cruz, ao padre Júlio Lancellotti. Essa homenagem é agraciada a pessoas que tiveram atuações de destaque que envolvem a pasta. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 29, e carrega a assinatura do presidente e do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Padre Júlio Lancellotti atua diretamente na defesa dos direitos humanos e das pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade na cidade de São Paulo. O trabalho do padre contra construções com arquitetura hostil inspirou a criação da Lei Padre Júlio Lancellotti, que proíbe construções feitas com o objetivo de inibir a presença de pessoas em situação de rua em locais públicos. A norma foi promulgada pelo próprio Legislativo em dezembro de 2022 após o então presidente Jair Bolsonaro vetar o texto.

Aos 74 anos, ele é o atual coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo e ainda exerce a função de padre na paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca. Ele também é responsável pelas missas da capela da Universidade São Judas Tadeu.

Nesta domingo, 27, o padre Júlio Lancellotti foi alvo de ameaça ao chegar na igreja que lidera e encontrar um bilhete anônimo na porta. "Seu dia de reinado vai acabar, pode esperar", ameaça o autor do bilhete. O texto dizia ainda que o padre é um "defensor dos direitos dos bandidos" e que ele "usa o povo" para se "favorecer", além de chamá-lo de "petista vagabundo".

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), no mesmo dia que o bilhete foi encontrado, um idoso de 72 anos confessou a autoria e foi encaminhado ao 8º Distrito Policial (Brás). O caso foi registrado como injúria e ameaça. A identidade do autor não foi revelada.

Estadão
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