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Política

Graça se emociona e diz que fala de ex-diretor é 'medonha'

Na CPI mista, presidente da Petrobras se negou a repetir a expressão "conta de padeiro" e defendeu o zelo da empresa

11 jun 2014 - 18h01
(atualizado às 20h53)
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Graça Foster
Graça Foster
Foto: Pedro França / Agência Senado

A presidente da Petrobras, Graça Foster, se emocionou nesta quarta-feira na CPI da Petrobras e considerou “medonha” a fala do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que atribuiu a uma “conta de padeiro” a primeira estimativa da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A primeira previsão de preço foi de US$ 2,5 bilhões, mas o preço final deve ficar em torno de US$ 18,5 bilhões.

“Eu me nego a repetir essa palavra, acho medonha em respeito a Petrobras, a diretoria é digna. Nós temos equipes que trabalham exaustivamente”, disse, na quarta vez que foi ao Congresso dar explicações sobre denúncias contra a Petrobras. Questionada sobre a prisão do ex-diretor por suspeita de participação em um esquema de lavagem de dinheiro, voltou a ficar com a voz embargada. "Não tenho nada a dizer sobre investigações. Só com a suspeita ficamos muito envergonhados", afirmou.

Paulo Roberto Costa afirmou ontem na CPI da Petrobras no Senado que a estatal se precipitou ao divulgar o valor. A executiva disse a deputados e senadores que podem ter ocorrido erros, mas o trabalho foi feito com zelo. "Aceitamos, sim, que podemos ter errado, o que é possível ter acontecido na fase um, mas estamos trabalhando", disse. “Foi um trabalho grande, um trabalho intenso, feito pelas equipes da Petrobras, durante um período de seis meses, como eu mostro à frente, mas esse projeto (...) não saiu da prancheta”, disse Graça Foster.

Segundo ela, o projeto inicialmente divulgado pelo preço de US$ 2,5 bilhões se referia à fase I, que não foi executada. O custo final deve ultrapassar US$ 18 bilhões. O valor foi baseado em uma consultoria, mas não levava em conta investimentos feitos no entorno da unidade, como rodovias. “Por US$2,4 ou US$2,5 bilhões, em 2005, em lugar nenhum do mundo seria construída essa refinaria”, disse.

A presidente da Petrobras respondeu a 139 perguntas do relator, o deputado Marco Maia (PT-RS), para a revolta dos parlamentares da oposição, que chamaram a sessão de uma “audiência institucional” da estatal. O líder do SDD, Fernando Francischini (PR), tentou intervir durante o depoimento, com perguntas sobre o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso novamente pela Polícia Federal, mas precisou esperar o petista terminar a lista de questionamentos. Depois, o deputado entrou na sala da comissão com uma pizza.

Refinaria de Pasadena

Graça Foster voltou a afirmar que a compra da refinaria de Pasadena fazia parte de uma estratégia da Petrobras, mas que não pode ser considerado um bom negócio hoje em dia. Ela voltou a dizer que as cláusulas omitidas no relatório apresentado ao Conselho de Administração eram importantes, atribuindo o erro ao ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró.

O resumo executivo não continha as cáusulas marlim e put option. A primeira assegurava à belga Astra Oil, sócia da Petrobras, uma rentabilidade mínima de 6,9% ao ano. Já a put option obrigava a Petrobras a comprar a participação da Astra em caso de desacordo entre as partes.

A compra da refinaria de Pasadena foi um dos motivos para a abertura de CPIs da Petrobras no Congresso. Graça foi hoje pela primeira vez à comissão mista, que conta com a participação de oposicionistas. Eles boicotaram a CPI criada apenas no Senado, onde a executiva já havia prestado depoimento.

A Petrobras aprovou, em 2006, a compra de 50% da refinaria da Astra Oil por US$ 360 milhões, sendo que a belga havia desembolsado o mesmo valor pela totalidade da unidade. Em desacordo sobre investimentos na refinaria, a brasileira precisou comprar a outra metade, num negócio que ultrapassou US$ 1,2 bilhão.

Fonte: Terra
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