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Política

Há problemas na chegada do IFA, diz presidente da Anvisa

Antonio Barra Torres prestou depoimento à da CPI da Covid nesta terça-feira

11 mai 2021 - 12h01
(atualizado às 12h05)
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Em depoimento à CPI da Covid, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, reforçou que existem problemas no recebimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) usado na produção de vacinas contra a covid-19. "Temos visto problemas de demora pontual de chegada da IFA, em especial da China", disse nesta terça-feira.

Diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres chega ao Senado Federal
Diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres chega ao Senado Federal
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

Questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), se as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a China, que junto da Índia é um dos principais exportadores do produto, impactam o recebimento do IFA pelo Brasil, Barra Torres disse que não tem informação sobre esse "nexo causal". "Eu não tenho informação do nexo causal. Mas tem sido noticiado e temos acompanhado (o problema no recebimento do IFA)", disse Barra Torres.

"Temos dois grandes países que detém primazia na produção do IFA, um a India e outro a China. Esses países acabam influenciando um porcentual maior que 50% da produção de medicamentos do mundo. Observamos dificuldades, momentos que IFA demora a chegar", afirmou o presidente da Anvisa, segundo quem não existem dados que apontem para uma menor qualidade de produtos advindos da China.

Confiança nas vacinas

No depoimento, Barra Torres conclamou a população que "acredite e confie" nos produtos aprovados pelo órgão regulador, especialmente neste momento em relação às vacinas contra a covid-19 com uso avalizado. "Então, conclamo a população que acredite e confie nos produtos aprovados pela Anvisa, principalmente, nesse momento tão importante, as vacinas", disse.

"Eu tenho 57 anos, e, embora médico, e portanto já poderia até pleitear a vacinação um pouquinho mais cedo. Mas eu hoje sou um médico gestor, eu não sou mais um médico de atender na emergência como fiz durante 20 anos. Então, assim que minha faixa etária for contemplada, irei ao posto de saúde e tomarei a vacina que estiver lá aprovada pela Anvisa", afirmou.

Estadão
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