Onze haitianos descem as escadas que levam a um quarto, na parte de cima de um bar, em Puerto Maldonado, no Perú. Eles embarcam em uma Van para entrarem irregularmente no Brasil, explica a publicação da Folha de São Paulo desta terça que acompanhou esses imigrantes
Os “coiotes”, que facilitam a entrada desses imigrantes irregularmente no País, os orientam a deixar as janelas fechadas para que não vejam o trajeto e também não sejam descobertos.
Quatro horas depois, o grupo chega a fronteira do Brasil através dos grupos que controlam o tráfico internacional de imigrantes na fronteira.
Desde 2011, segundo informações do governo federal e do Acre, mais de 25 mil integrantes entraram no País por essa região, sendo a estrada Interoceânica, que liga o Atlântico no Brasil ao Pacífico no Perú, sua principal rota.
Segundo a publicação desta terça o valor cobrado pela rede chega a (U$$ 4 mi)l ou R$ 8.800 mil, neste trajeto entre o Haiti e o Brasil. Tal prática, é semelhante a que acontece com os imigrantes que atravessam o México para chegarem nos EUA.
Imigrantes haitianos que saíram do Acre estão na igreja Nossa Senhora da Paz, em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Desde o fechamento do abrigo para haitianos em Brasileia, no Acre, no início deste mês, a igreja, que mantém um centro de acolhimento, vem recebendo uma quantidade muito superior ao que era comum
Foto: Alan Morici / Terra
Hoje teve início um mutirão do MTE para acelerar a emissão de Carteiras de Trabalho dos imigrantes
Foto: Alan Morici / Terra
A Casa do Migrante, centro de acolhida da igreja, tem capacidade para 110 pessoas, e está com 120 estrangeiros. Pessoas de outras nacionalidades, que estavam no abrigo, também continuam no local
Foto: Alan Morici / Terra
As salas de aula e o salão de festas da paróquia estão servindo de espaços para acolhimento
Foto: Alan Morici / Terra
Representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça Trabalhista e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fizeram visita técnica, nesta sexta-feira, à igreja
Foto: Alan Morici / Terra
De acordo com o padre Paolo Parise, diretor do Centro de Estudos Migratórios (CEM), desde o último dia 12 chegaram mais de 450 haitianos, metade do total de imigrantes registrados pela paróquia nos primeiros três meses do ano
Foto: Alan Morici / Terra
Grande parte dos haitianos chegou a São Paulo com passagens pagas pelo governo acriano
Foto: Alan Morici / Terra
Para conhecer a situação trabalhista dos haitianos que estão se deslocando ao interior do Estado, o MPT vai mapear o encaminhamento desses trabalhadores
Foto: Alan Morici / Terra
Além de refeições e lugares para dormir, os haitianos recebem orientações e encaminhamento trabalhista