Helena Chagas se desliga do cargo de ministra da Comunicação Social
Ministra entregou o cargo na quinta-feira; ela trabalhava com Dilma desde 2010
Em carta endereçada à presidente Dilma Rousseff, a ministra Helena Chagas (Comunicação Social) entregou seu cargo na noite na última quinta-feira. Em nota, o governo confirmou que o atual porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, tomará posse como novo ministro da pasta na segunda-feira.
“Foi um período de significativas realizações do seu governo, cuja divulgação se deu com todo o entusiasmo e engajamento desta Secretaria”, afirmou Helena em um trecho da correspondência. O texto realiza ainda um breve balanço das ações realizadas pela Secretaria de Comunicação Social (com status de ministério).
“Acredito ter contribuído, com meu trabalho e com o esforço dos servidores da Secom, para a imagem positiva que vossa excelência e seu governo têm junto aos brasileiros, como justo reflexo do desempenho da gestão pública nesses três anos em que tive o privilégio de compor seu Ministério”, acrescenta Helena em outro trecho.
A ministra vinha sendo criticada por setores do Partido dos Trabalhadores (PT) por sua atuação. De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, “já havia um clima de descontentamento com a política da Secom”. Veículos alternativos de imprensa, que têm forte ligação com o partido, se queixavam da falta de verba do governo federal.
Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, a presidente "agradeceu a dedicação e os relevantes serviços prestados ao País pela jornalista Helena Chagas no comando da pasta, ao longo dos últimos três anos".
Seu cargo ficou fragilizado com o episódio no qual Dilma fez uma parada técnica em Lisboa durante uma viagem entre Zurique e Havana. A falta de transparência da agenda gerou uma série de repercussões negativas junto à imprensa. Um vazamento da intenção da presidente em trocar o comando da Secom feito pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, foi a gota d’água para que a ministra entregasse o cargo.
A jornalista Helena Chagas trabalhou com Dilma desde 2010, durante a corrida presidencial. Ela deixaria o governo em março para cuidar da campanha da presidente à reeleição.