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Política

Hostilizada no 1º protesto, oposição fica tímida para dia 12

Políticos como Paulinho da Força e Jair Bolsonaro foram impedidos de falar no dia 15 de março, e não pretendem tentar novamente

10 abr 2015 - 08h55
(atualizado às 11h50)
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Se nas manifestações ocorridas do dia 15 de março políticos de oposição ao governo se fizeram presentes e declaram apoio ao movimento, o fato de alguns deles terem sido hostilizados durante os protestos parece ter tirado o entusiasmo para o próximo dia 12, quando haverá novas manifestações. O deputado federal Paulinho da Força (SDD-SP), vaiado na Avenida Paulista quando tentou discursar do alto de um caminhão de som, disse que irá para a rua no próximo domingo, mas só tentará falar novamente se sentir que tem “clima”.

<p>Paulinho da Força (à direita) ao lado de Ronaldo: "falar depois de artista não tem jeito, disse o deputado</p>
Paulinho da Força (à direita) ao lado de Ronaldo: "falar depois de artista não tem jeito, disse o deputado
Foto: Facebook / Reprodução

A Força Sindical, presidida por Paulinho, levou três caminhões para a manifestação do dia 12 na Avenida Paulista, em São Paulo. Quando subiu em um dos veículos para discursar, acabou vaiado. Segundo ele, o problema foi que antes haviam falado o ex-jogador Ronaldo Nazário e a cantora Wanessa Camargo: “Fui buscar o Ronaldo e a Wanessa Camargo, e quando voltei com eles, a gente se perdeu no caminho. O combinado era que a gente chegasse junto e falasse conjuntamente. Eles já tinham falado e a Wanessa me chamou. Falar depois de artista não tem jeito”, minimizou.

Os caminhões de som serão levados novamente para a Paulista no dia 12, mas Paulinho disse não saber se tentará discursar desta vez: “Depende do clima. Esse negócio de falar com o povo tem que ter clima. Se não tiver vou participar lá em baixo, como cidadão”.

No protesto ocorrido no Rio de Janeiro, um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos grupos que organizam os protestos, chamou ao microfone o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) para subir ao caminhão e discursar. O público prontamente vaiou e o locutor anunciou que o deputado então não falaria. De acordo com a assessoria de Bolsonaro, foi ele quem se recusou a subir no veículo, pois era uma manifestação do povo, não tinha porque falar. No dia 12, o deputado participará da manifestação em São Paulo, mas na rua e como cidadão, sem tentar discursar, segundo a assessoria.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) estava próximo ao caminhão de som na Avenida Paulista quando seu nome foi citado como um dos presentes. O anúncio foi seguido por gritos de “sem partido”, segundo noticiou o jornal Folha de S.Paulo. Ele não estará presente na manifestação do dia 12, pois estará em missão fora do País, de acordo com sua assessoria.

<p>Aloysio Nunes estará no exterior e não participará do protesto</p>
Aloysio Nunes estará no exterior e não participará do protesto
Foto: Facebook / Reprodução

Convocação

Dias antes dos protestos de março, que contavam com grupos contrários ao governo federal e que apoiavam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, esses mesmos políticos de oposição publicaram posts em suas contas no Facebook e Twitter convocando seus seguidores para irem às ruas. Para o próximo dia 12, as publicações de incentivo estão mais escassas.

“A todos que estarão nas ruas protestando, contra a corrupção e o PT que ousa comunizar o Brasil, nossos votos de sucesso”, escreveu o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) em seu Facebook no dia 13. Até o dia 9 ele não havia mencionado o próximo protesto em sua redes social.

Aloysio afirmou, após o panelaço organizado por manifestantes durante o discurso da presidente Dilma Rousseff que precedeu a manifestação do dia 15, que aquilo era um aperitivo para as manifestações. O senador não fez comentários, em entrevistas ou nas redes sociais, sobre o protesto do próximo domingo.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) não vê, porém, um menor engajamento de políticos da oposição nos protestos: “O que eu vejo é uma presença cada vez maior das nossas militâncias, dos nossos companheiros,  dos nossos líderes, dos nossos dirigentes nesse movimento” disse o senador tucano. Ele, que ainda não definiu se participará da manifestação (e não foi na primeira), afirmou ainda que não importa se o protesto atrair menos gente desta vez. “Não importa o tamanho do movimento, porque a indignação da população brasileira é cada vez maior”.

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Fonte: Terra
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