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Política

RS: imagem de mulher em forma de sapato é criticada

Montagem foi usada no convite da Conferência de Políticas para as Mulheres de Santo Antônio da Patrulha; organização promete trocá-la

24 jul 2015 - 15h47
(atualizado em 27/7/2015 às 09h23)
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A imagem de um sapato de salto alto fundida com os membros inferiores de uma mulher tem causado polêmica, principalmente nas redes sociais. Isso porque muita gente se sentiu ofendida com a imagem, ainda mais por se tratar de um convite para a Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, organizada pela prefeitura da cidade gaúcha de Santo Antônio da Patrulha, a cerca de 80 quilômetros de Porto Alegre.

Convite que deixou grupos feministas irritados
Convite que deixou grupos feministas irritados
Foto: Reprodução

De acordo com a responsável pela imagem, a coordenadora da Mulher Cecília Moreira, a imagem que está na publicação não é da forma como ela queria, já que as pernas da mulher deveriam ter sido cortadas da imagem. No entanto, ela também diz que a ideia era abordar o empoderamento da mulher com base na frase de que homens têm medo de mulheres de salto.

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“Em uma conferência, nos preocupamos com a parte legal, organização, e a imagem foi encontrada aleatoriamente no Google, e na hora da impressão faltou apenas limpar a imagem, porque era para ficar apenas a imagem do sapato. Recebemos reclamações, mas foi apenas um pequeno detalhe. Tiveram interpretações variadas, uns disseram que era uma porta canetas, um sapato e etc”, disse Cecília.

Por conta da contenção de gastos e da imagem, a prefeitura de Santo Antônio da Patrulha teria se recusado a imprimir o convite, mas Cecilia resolveu imprimi-los por conta própria, e o material foi distribuído para autoridades locais. Ela afirmou, no entanto, que a imagem foi aprovada também pela presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Sônia Soares da Costa.

Apesar das críticas, Cecília afirma que o trabalho é marcado por ações positivas, como o cartório das mulheres, a patrulha rosa - que orienta sobre a lei Maria da Penha - além do que ela chama de assinatura, que é a elevação da autoestima por meio da maquiagem de mulheres. “Mas não imaginávamos que isso ia tomar essa dimensão”, disse, referindo-se ao convite.

Apesar de integrar uma administração municipal conduzida pelo Partido Progressista (PP), Cecília rejeita a especulação de que a imagem poderia ter repercutido com a ajuda de grupos políticos de ideologias contrárias ao de seu partido. “Estamos sujeitas a este tipo de análise do nosso trabalho, mas já informamos que vamos trocar a arte já que não foi do agrado de todas as mulheres”, finalizou.

Fonte: Terra
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