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Impeachment

Dilma diz que aguenta a pressão e adota o “toma lá, dá cá”

27 mar 2016 - 12h46
(atualizado às 12h48)
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Dilma: presidente decidiu negociar pessoalmente cargos e verbas para evitar o impeachment
Dilma: presidente decidiu negociar pessoalmente cargos e verbas para evitar o impeachment
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil / O Financista

Enquanto a maioria dos observadores aposta que a presidente Dilma Rousseff não terminará seu mandato, ela própria vem adotando uma postura cada vez mais aguerrida para se manter o cargo. Em reuniões ministeriais, Dilma tem dito que “aguenta bem a pressão” e que é “resistente”, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.

Para mostrar sua confiança, a presidente discute, nos encontros com a equipe, projetos para os próximos meses e até mesmo para 2018. A postura, de acordo com o jornal, faz parte da estratégia de comunicação adotada pelo Palácio do Planalto: a de vender a imagem de uma “mulher guerreira”, que enfrentou a ditadura e, agora, luta contra um novo golpe.

Foto: O Financista

Isso não significa, porém, que Dilma pretende vencer a briga contra o impeachment apenas com lances de marketing. Segundo o Estadão, a presidente decidiu fazer algo que abomina: conversar e negociar com políticos. O “toma lá, dá cá” envolve a barganha de cargos e verbas para quem se dispuser a votar contra o impeachment, seja na comissão especial que analisa o pedido na Câmara, seja no plenário, onde Dilma precisa de, pelo menos, 171 votos.

A ordem do núcleo duro do governo é neutralizar as manobras do vice-presidente, Michel Temer, apontado como o principal articulador da queda da petista. Presidente nacional do PMDB, Temer estaria arquitetando o rompimento formal de sua legenda com o governo. Isso é visto, pelos especialistas, como a pá de cal no mandato de Dilma, já que o PMDB é, apesar de todos os rachas e disputas internas, o maior partido da base aliada.

Os peemedebistas realizarão, na próxima terça-feira (29), uma reunião do diretório nacional, com o objetivo de decidir seu futuro no governo Dilma. A tendência, por ora, é de desembarque formal.

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