"Estou vivendo a dor da traição e da injustiça", diz Dilma
A presidente afastada Dilma Rousseff fez um discurso para manifestantes e apoiadores do governo concentrados do lado de fora Palácio do Planalto no início desta tarde. Segundo Dilma, o País vive um momento trágico. Ela voltou a negar que tenha cometido crime de responsabilidade e classificou o processo de impeachment contra de "golpe".
"A nossa democracia está sendo objeto de um golpe. Não cometi crime de responsabilidade. Estou sendo objeto de uma grande injustiça, vítima de uma grande injustiça", disse Dilma, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ex-ministros de seu governo.
"Aqueles que perderam as eleições tentam agora chegar ao poder pela força", disse. "Estou vivendo a dor da traição, a dor da injustiça", completou, ressaltando que são as palavras mais terríveis.
Dilma afirmou que irá resistir até o fim do processo de impeachment, que foi aberto no Senado. "Estou pronta para resistir por todos os meios legais. Lutei minha vida inteira e vou continuar lutando."
A presidente afastada agradeceu o apoio de manifestantes que protestaram nos últimos meses contra o processo que, segundo Dilma, "estiveram do lado certo da história, do lado da democracia".
Após o discurso, Dilma recebeu um buquê de flores.