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Impeachment

"Indignada", Dilma alfineta Cunha e cita conta no exterior

2 dez 2015 - 21h14
(atualizado em 4/12/2015 às 17h19)
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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff classificou as razões que fundamentam o pedido de impeachment aceito nesta quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha como "inconsistentes e improcedentes". Em pronunciamento, ela alfinetou Cunha e disse que jamais cometeu ato ilícito. Dilma fez uma breve declaração de 3 minutos para falar sobre o pedido de impedimento contra ela.

Após a declaração, a presidente se reúne a portas fechadas com ministros e líderes da legenda petista no Congresso.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Confira a íntegra do pronunciamento:

"Boa noite a todos. Eu dirijo agora um apalavra de esclarecimento a todas as brasileiras e a todos os brasileiros. No dia de hoje, vocês viram, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei que atualiza a meta fiscal, permitindo a continuidade dos serviços públicos fundamentais para todos os brasileiros.

Ainda hoje, recebi com indignação a decisão do sr. Presidente da Câmara dos deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro. São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam esse pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim.

Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público, não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais. Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade  e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.

Nos últimos dias, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Camara daos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment. Eu jamais concordaria com quaisquer tipos de barganha, muito menos aqueles que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticos do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública.

Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido, bem como quanto ao seu justo arquivamento. Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar em nossas instituições e no estado democrático de direito. Obrigado a todos vocês e muito boa noite."

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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