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Impeachment

Lindbergh: País terá campanha por Diretas caso Temer assuma

18 abr 2016 - 11h01
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Ainda sob o impacto da derrota do governo no plenário da Câmara dos Deputados, o que levará ao Senado a decisão final sobre se haverá ou não o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) prevê a retomada de uma campanha por Diretas, Já! no país, caso o vice presidente Michel Temer venha a assumir o comando do país.

Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Foto: Fotos Públicas

“Se o Michel Temer assume a Presidência, de cara, vai vir a ilegitimidade. O povo brasileiro está desconfiado disso porque eles assaltaram o poder. Acho que vai surgir um movimento Fora, Temer e Fora, Cunha. Existe uma discussão sobre eleições também. Consumado o golpe, vai ficar clara a ilegitimidade. E vai, sim, crescer no Brasil a discussão sobre Diretas, Já!, se eles consumarem esse golpe vergonhoso”, disse o senador momentos após ter sido confirmada a derrota dos governistas na Câmara.

Para o senador petista, a população já se deu conta de que Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “aproveitaram as manifestações para chegar ao poder”, mas que, da forma como o processo se deu, eles vão assumir, “fracos e sem legitimidade”, o governo. “Tenho convicção de dizer que as ruas vão pedir a cabeça dele, que é um conspirador de quinta categoria”, acrescentou o senador. Segundo ele, no entanto, há boas possibilidades de que o Senado evite que o país chegue a esse ponto.

“Vamos estudar o que fazer a partir de agora em relação a essa tentativa de golpe. O PT vai se reunir. Temos esperanças no Senado porque ainda tem muita gente indecisa lá. O que posso dizer é que eles não têm dois terços no Senado para afastar definitivamente a presidenta Dilma”, disse Lindbergh.

Em tom de comemoração pela vitória obtida na Câmara, o líder do PPS, Rubem Bueno (PR), disse que o Brasil terá, caso Temer assuma a Presidência da República, “um novo momento na política nacional”, pelo qual se buscará “a pacificação do país, com novos componentes e atores, a começar pelo presidente”.

Para Bueno, Dilma “perdeu completamente a autoridade moral” para continuar governando. “Ela cometeu crime de responsabilidade e emitiu decretos sem número”, além de provocar uma crise econômica no país. “A começar pela derrocada das finanças públicas pelo seu governo para se reeleger presidente em 2014”.

Câmara aprova impeachment de Dilma, e processo vai ao Senado:
Agência Brasil Agência Brasil
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