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Impeachment

Temer: manter direitos políticos de Dilma é pequeno embaraço

Em sua primeira viagem oficial, presidente recém-empossado diz na China que decisão do Senado não afeta estabilidade do novo governo

2 set 2016 - 07h28
(atualizado às 07h45)
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Presidente da China Xi Jinping recebe o presidente Michel Temer em Hangzhou
Presidente da China Xi Jinping recebe o presidente Michel Temer em Hangzhou
Foto: EFE

O presidente recém-empossado, Michel Temer, afirmou nesta sexta-feira (2) em visita oficial à China, que a decisão do Senado de permitir que Dilma Rousseff mantenha seus direitos políticos seria um "pequeno embaraço" ao seu governo, enquanto o tema é alvo de múltiplas ações no Supremo Tribunal Federal (STF).

Temer viajou à China para participar de uma reunião com empresários em Xangai e tomar parte na reunião dos países do G20, seu o primeiro compromisso internacional como presidente do Brasil.

Ele declarou que em mais de 34 anos de vida pública, constantemente ocorreram "pequenos embaraços" como esse, que se "logo são superados", ressaltando que isso não vai prejudicar a estabilidade de seu governo. "Desde o inicio, disse que aguardaria com respeito a decisão do Senado. O Senado tomou essa decisão, com ou sem razão, mas tomou essa decisão", disse o presidente.

Partidos entram com recurso no STF

O STF já recebeu vários recursos para anular a manutenção dos direitos políticos de Dilma Rousseff após a votação que a destituiu da presidência da República, impetrados por partidos políticos, associações de classe e advogados.

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que arbitrou o julgamento de Dilma no Senado, acatou um pedido da defesa de Dilma e separou as votações do impeachment e sobre a manutenção ou não dos direitos políticos da ex-presidente.

Após a aprovação do impedimento, a segunda votação gerou bastante polêmica. Um grande número de senadores do PMDB, partido de Temer, votou a favor de Dilma. Se as duas questões tivessem sido votadas em conjunto, a ex-presidente ficaria impeadida de ocupar cargos públicos por um período de oito anos.

PSDB, DEM, PPS e o próprio PMDB anunciaram que vão apresentar nesta sexta-feira ao STF um mandado de segurança coletivo para anular o resultado da segunda votação. O PSL e o Solidariedade também entraram com ações contra a manutenção dos direitos de Dilma.

Nesta quinta-feira, a defesa da ex-presidente enviou um recurso ao Supremo, solicitando um novo julgamento e a anulação da sessão do Senado em que foi votado o impeachment.

RC/rtr/lusa/ots

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