Militantes farão ato para receber Dilma em Porto Alegre
A ex-presidente Dilma Rousseff, que se muda hoje (6) para Porto Alegre, onde vive sua família, deverá ser recebida por militantes no terminal 2 do Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha. O evento - intitulado "Carinhaço com Dilma pela Democracia" - convocado pelas redes sociais, vai culminar em um ato à noite na Esquina Democrática, tradicional reduto de manifestações no centro de Porto Alegre.
Segundo o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, Dilma deve embarcar entre 14h30 e 15h para a capital gaúcha. Rossetto chegou por volta das 11h ao Palácio da Alvorada e informou que vai acompanhar Dilma em sua volta para Porto Alegre. O ex-ministro não sabe se Dilma vai comparecer ao ato na Esquina Democrática.
"Vai ser uma recepção muito forte e carinhosa à presidente Dilma em Porto Alegre. O fato é que seguem crescendo manifestações contrárias ao governo golpista e para não mexerem em nenhum direito do povo trabalhador. Cresce a expectativa de recompor a democracia a partir de antecipação das eleições. A sociedade brasileira não vai reconhecer um presidente golpista e não eleito pelo povo brasileiro. Nesse País, quem elege o presidente da República é o povo brasileiro", disse Rossetto.
Segundo o ex-ministro, Dilma vai acompanhar o cenário político nacional. "A presidente Dilma vai acompanhar a resistência ao golpe. Essa é a prioridade dela. Temos ações no Supremo Tribunal Federal e continuaremos com várias iniciativas políticas denunciando o golpe. A presidente Dilma vai acompanhar o processo eleitoral que está em curso, as eleições municipais".
Ex-presidente
Embora tenha sido condenada por crime de responsabilidade, Dilma terá direito a benefícios concedidos a ex-presidentes da República, pois concluiu o seu primeiro mandato, de 2011 a 2014. Depois de aprovar a perda do mandato de Dilma, o Senado decidiu manter os seus direitos políticos, permitindo que ela ocupe cargos públicos .
Dilma não receberá salário, mas terá direito a oito servidores, sendo dois assessores, quatro seguranças e dois motoristas, além de dois carros. Todas as despesas relacionadas à gestão dos servidores e dos dois veículos serão custeadas pela Casa Civil, com recursos do Tesouro Nacional.