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Impeachment

Renan estuda como Dilma será notificada sobre impeachment

11 mai 2016 - 10h55
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Foto: Agência Senado

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (11) que, se aprovado até o final da noite o impeachment da presidente Dilma Rousseff, vai combinar com a petista como ela será notificada nesta quinta-feira. Renan evitava cravar uma data para esta citação que abre prazo de 180 dias de afastamento de Dilma até que a comissão especial apure provas e fatos dos supostos crimes de responsabilidade apontados no pedido que culminou no processo.

Renan voltou a afirmar que não votará em nenhuma circunstância durante o processo. “Estou lutando para manter a independência, isenção e imparcialidade. Votar seria negar tudo isto que fiz até agora”, afirmou. O senador disse, ainda, que “fará tudo” para que a votação seja concluída até às 22h de hoje.

A sessão de votação estava marcada para 9h, mas começou com mais de uma hora de atraso. A expectativa é de que sejam mais de 15 horas de sessão, dividida em três blocos: de 9h às 12h; das 13h às 18h; e das 19h até o termino da votação, que pode resultar no afastamento da presidenta por 180 dias, caso o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) seja referendado por metade mais um dos senadores presentes à sessão de hoje. Se o relatório for rejeitado, o processo será arquivado.

Sobre a possibilidade de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), prevista para a manhã de hoje, sobre o pedido da Advocacia-Geral da União para anulação das sessões da Câmara dos Deputados que aprovaram o processo, Renan afirmou que “a política brasileira está judicializada”, mas disse ter confiança que qualquer decisão do STF estará de acordo com a Constituição.

Temer

Ontem, Renan esteve reunido com o vice-presidente Michel Temer, que assumirá a cadeira de Dilma no período caso ela seja afastada. Ele classificou como uma “conversa boa”, mas disse que, como presidente do Senado, cargo que ocupará até 1o de fevereiro do próximo ano, não pode se envolver na composição de um novo governo. “Vou ajudar da forma que puder, institucionalmente. Não quero diretamente participar do governo”, afirmou.

O presidente do Senado disse que o Brasil está vivendo o dia de hoje porque não fez reformas estruturais. Ele alertou que, se Temer assumir o comando do Executivo, terá que se dedicar especialmente à reforma política e chamou a atenção para o fato de o Congresso ter que fazer uma revisão na Lei do Impeachment (1.079), que é de 1950, caso contrário, acredita que o Brasil terá vários eventos semelhantes ao de hoje na história.

Agência Brasil Agência Brasil
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