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Política

Inaugurando hospital, Dilma diz que não foi eleita para construir 'muquifos'

Hospital de Clínicas foi tratado como 'monumento' para a cidade; antes de abrir ao público terá visitação guiada

13 dez 2013 - 16h17
(atualizado às 17h19)
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<p>Lula foi o único a não discursar durante inauguração de hospital em São Bernardo do Campo</p>
Lula foi o único a não discursar durante inauguração de hospital em São Bernardo do Campo
Foto: Bruno Santos / Terra

A inauguração do Hospital de Clínicas de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, se transformou em um evento político para o ministro da Saúde e pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, e para a própria presidente Dilma Rousseff. O prefeito da cidade, Luiz Marinho (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estiveram presentes. Lula foi o único a não discursar. Convidado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não compareceu e enviou o secretário da Saúde David Uip para representá-lo.

"Chegamos à conclusão de uma coisa muito importante, que aprendemos com o presidente Lula, que dizia o seguinte: 'não fui eleito para construir muquifos para o povo brasileiro'. Eu também não fui. Nós fomos eleitos para buscar para o povo brasileiro aquilo que há de melhor", disse Dilma.

A obra foi iniciada em 2010, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo federal contribuiu com cerca de 50% dos R$ 240 milhões que foram disponibilizados para a obra e para a equipagem do hospital. A outra metade contou com recursos da prefeitura de São Bernardo do Campo e do governo do Estado de São Paulo.

Apesar de toda a pompa, somente 24% dos leitos estarão em funcionamento a partir da próxima semana. O hospital só passa a funcionar em sua totalidade em 2015. Antes da cerimônia, uma dupla sertaneja animou o público e, ao final, houve queima de fogos e balões coloridos foram lançados ao ar.

Nesta primeira etapa da inauguração estarão disponíveis 70 leitos - 30 de clínica médica, 14 de Ortopedia e Traumatologia, 10 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para adultos e seis de neurocirurgia. Até 2015 estão previstos 293 leitos. O hospital foi batizado com o nome do ex-vice presidente da República José Alencar.

Em seu discurso, Dilma defendeu o programa Mais Médicos, a principal bandeira de Alexandre Padilha durante a sua gestão. "Resolvemos fazer um chamamento de médicos para atender a população. Vamos fazer uma reavaliação do programa em março e, se for necessário, traremos ainda mais médicos", disse Dilma.

A presidente prosseguiu: "nunca podemos pensar pequeno. É preciso pensar grande, como o tamanho do nosso País". Durante os discursos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou sentado entre Dilma e Padilha, conversou com o pré-candidato paulista. Os dois eram observados por David Uip, secretário de Alckmin, que estava logo atrás.

Em sua fala, Padilha disse que o hospital, se não for o melhor do Brasil, está certamente entre eles. E foi corroborado por Dilma. "Fiquei espantada, no bom sentido da palavra, com a qualidade do hospital. O hospital foi feito para atender pessoas", disse ela, que prometeu melhoras no sistema de saúde como um todo.

"Começamos essa transformação do único jeito que dá para começar. Vendo qual era a maior reclamação da população. As pessoas querem ser atendidas por um médico. E isso já começamos a fazer", disse.

A agenda do ministro em São Paulo tem ainda uma visita ao município de Registro, no Vale do Ribeira, nesta tarde. A região é considerada uma das mais pobres do Estado. Ele irá receber lá médicos estrangeiros que vão trabalhar na região.

Colaborou com esta notícia o internauta Airton Morassi, de São Bernardo do Campo (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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