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Política

Itamaraty fará anúncio de embaixadores; diplomatas reclamam de baixa representação feminina

Pelos nomes cotados no momento, três das dez secretarias do Itamaraty seriam chefiadas por mulheres; número que é visto como baixo por diplomatas

22 jan 2023 - 19h25
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BRASÍLIA - O Ministério das Relações Exteriores deve anunciar nesta segunda-feira, 23, novos embaixadores e secretários, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa é que sejam divulgados os escolhidos para os principais postos de representação brasileira no exterior.

Palácio do Itamaraty, em Brasília
Palácio do Itamaraty, em Brasília
Foto: Agência Brasil/Arquivo / Estadão

Pelos nomes cotados no momento, três das dez secretarias do Itamaraty seriam chefiadas por mulheres. O número é visto como baixo por diplomatas em um cenário em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, prometeram aumentar a diversidade de gênero nos postos de chefia da atual administração.

Segundo fontes, a mais cotada para assumir a embaixada do Brasil em Washington é Maria Luiza Viotti, que foi representante do Brasil nas Organização das Nações Unidas (ONU). Antônio Patriota, que foi chanceler no governo de Dilma Rousseff, deve ser anunciado embaixador em Londres. Em Paris, o cargo deverá ficar com Ricardo Neiva Tavares, que foi embaixador em Roma.

O nome mais forte para assumir a secretaria de América Latina e Caribe da Pasta é Gisela Padovan. Já a secretaria de Europa e América do Norte deve ficar com Maria Luisa Escorel. A secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente deverá ser chefiada por André Corrêa do Lago e a secretaria de Gestão Administrativa por Fátima Ishitani.

Nas embaixadas, a visão é de que as mulheres poderiam ocupar pelo menos 40% dos postos, algo que, pelo que está em discussão agora, não ocorrerá. De acordo com estudo da Associação de Diplomatas Brasileiro (ADB) as mulheres representavam 23% do total de diplomatas do Itamaraty em 2022, mas havia uma sub-representação nos cargos de chefia (abaixo de 20%). Dos 25 maiores postos da carreira, nenhum era chefiado por uma mulher.

Estadão
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