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Política

'Jesus jamais cobraria juros abusivos', diz Zema após ser alvo de críticas de Lula por dívidas

Presidente havia dito que 'o que nós fizemos para os Estados que não pagavam dívidas talvez só Jesus Cristo fizesse'; discussão é sobre programa de renegociação de dívidas dos Estados com a União

23 jan 2025 - 11h49
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), rebateu uma crítica feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento de assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG, na quarta-feira, 22. O presidente e integrantes do governo Lula têm trocado farpas públicas com o chefe do Executivo estadual mineiro sobre o programa de renegociação de dívidas dos Estados com a União.

Na ocasião, Lula afirmou: "O que nós fizemos para os Estados que não pagavam dívidas talvez só Jesus Cristo fizesse se ele concorresse à Presidência da República deste País".

Zema rebateu. "Presidente Lula, Jesus Cristo perdoaria todas as dívidas e jamais cobraria juros abusivos de quem ajuda a construir o Brasil", disse o governador mineiro, nesta quinta-feira, 23. "Vamos honrar todas nossas obrigações, mas esperamos que os deputados derrubem os vetos ao Propag para trazer justiça e previsibilidade ao Estado."

A discussão ocorre em meio ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que busca renegociar mais de R$ 760 bilhões em dívidas das unidades federativas com a União. Aproximadamente 90% do valor corresponde às dívidas de quatro Estados: Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Zema vem criticando publicamente o programa. Lula disse que o gestor estadual fez uma declaração "profunda e desnecessária" sobre o Propag. Na avaliação do presidente, Zema deveria lhe dar um prêmio pelo acordo, e que a palavra "obrigado" é simples, mas para dizê-la, é preciso ter grandeza.

A medida prevê o pagamento da dívida em até 30 anos, corrigido pelo IPCA - atualmente em 4,5% ao ano - mais uma taxa entre 2% e 4%, dependendo do contrato. Atualmente, os juros são de 4% mais o IPCA ou a Selic, que está em 12,25% ao ano.

A lei foi sancionada recentemente, porém com 13 vetos do presidente Lula, o que provocou desconforto e críticas por parte dos governadores estaduais, especialmente Zema.

Segundo Zema, a "mutilação" do texto aprovado impõe custos adicionais ao Estado, enquanto o governo federal "mantém 39 ministérios, promove viagens luxuosas e aplica sigilo de 100 anos no cartão do presidente".

Lula chegou a classificar cinco governadores como "ingratos" por criticarem os vetos ao projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União.

"Os governadores, que são cinco maiores e que devem mais e que são ingratos porque deveriam estar agradecendo ao governo federal e ao Congresso Nacional, fizeram críticas porque alguns não querem pagar. A partir de agora, vão pagar", disse o presidente, em referência aos governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Romeu Zema, de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.

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Estadão
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