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Política

Joaquim Barbosa diz que Lula é 'omisso' e 'conservador à la carte' e que País está 'acéfalo'

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal chamou o Congresso de retrógrado e fez é críticas à gestão petista

24 jun 2024 - 21h35
(atualizado às 21h41)
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O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa utilizou a rede social X (antigo Twitter) na tarde desta segunda-feira, 24, para realizar críticas ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Barbosa disse que Lula é "omisso", "conservador à la carte" e "incapaz de liderar o país" em determinadas questões. O ex-presidente do STF declarou voto em Lula nas eleições de 2022.

Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF
Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF
Foto: Fábio Motta/Estadão / Estadão

"Infelizmente, em inúmeras 'questões de sociedade' o País é acéfalo. O Congresso, omisso, retrógrado, um horror! O presidente da República, também omisso em muitas questões, em cima do muro em outras, conservador 'à la carte', é incapaz de liderar o país em várias áreas em que poderíamos avançar significativamente se o natural poder de liderança e persuasão conferido ao ocupante da cadeira presidencial fosse inteligentemente usado para fazer avançar certas pautas que nos colocam na 'vanguarda do obscurantismo'!", escreveu.

As falas ocorrem após discussões e derrotas do governo sobre questões importantes para a gestão de Lula, como a urgência do projeto de lei que equipara o aborto realizado após as 22 semanas ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupros, e a derrubada do veto presidencial da saidinhas dos presos.

Barbosa esteve no STF de 2003 a 2014, sendo que nos dois últimos anos foi presidente da Corte. Ele foi indicado por Lula à ingressar ao Tribunal e apoiou o petista nas eleições de 2022.

Após a vitória de Lula, o ex-ministro o parabenizou. Também no X, ele disse que "venceram a democracia, a civilidade, a reverência às normas consensualmente estabelecidas para reger o bom funcionamento da sociedade. Parabéns a Lula, a Alckmin e aos governadores democraticamente eleitos neste domingo. E, claro, ao povo brasileiro".

Na data, ele também comemorou a derrota do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), dizendo que saíram "de cena o grotesco, a barbárie e a intimidação como elementos indissociáveis do exercício cotidiano do poder".

Estadão
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