Joice Hasselmann provoca Zambelli, alvo de operação da PF: 'Toc, toc, toc, Carlinha'
Ex-deputada recria meme de 2022 para criticar parlamentar; as duas foram aliadas no primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro
A ex-deputada federal Joice Hasselmann ironizou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por causa da operação da Polícia Federal que teve a parlamentar como alvo nesta quarta-feira, 2. "Hoje foi dia dela, a porta ambulante. Ouviu aquelas três batidinhas: toc, toc, toc. 'Quem é?', responde Carla Zambelli. 'É a Polícia Federal'", disse Joice em vídeo publicado nas redes sociais.
"Carla vai pagar e já deveria estar presa há bastante tempo", afirmou ainda sobre a ex-aliada, a quem atribuiu a responsabilidade por "uma série de crimes". O vídeo publicado pela ex-deputada recria um discurso que ela fez na Câmara em 2022 e que se tornou um meme nas redes sociais.
Toc, toc, toc, Carlinha pic.twitter.com/KYkBBXZDPO
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) August 2, 2023
Joice disse que os encontros de Zambelli com o hacker Walter Delgatti Neto aconteciam "no escurinho do cinema", afirmando que eram sempre à noite e em locais escondidos. "Uma das vezes foi na Rodovia dos Bandeirantes." O local é citado pelo hacker em depoimento à PF.
A participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi citado por Joice no vídeo. "Ela (Zambelli) não faria algo assim sem que tivesse combinado com o capitão." Durante a coletiva que concedeu nesta quarta, a deputada confirmou que levou Delgatti para um encontro com o ex-presidente, mas blindou Bolsonaro de acusações sobre os fatos investigados.
Entenda a operação
Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto são suspeitos de terem inserido informações falsas no sistema do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), administrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Delgatti ficou conhecido por ter hackeado e possibilitado a divulgação de mensagens trocadas entre Sérgio Moro (União Brasil-PR) e Deltan Dallagnol (Podemos-PR) em 2019. À época, eles eram juiz e procurador da Operação Lava Jato. As mensagens que vieram à público foram um dos argumentos que mais pesaram na anulação de parte das decisões dos processos vindos da força-tarefa.