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Política

Joice volta a criticar articulação e diz que há MPs em risco

22 mai 2019 - 11h04
(atualizado às 11h18)
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A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), voltou a criticar a articulação política da atual gestão na manhã desta quarta-feira, 22. "Temos uma pilha de MPs (no Congresso) porque houve essa troca de caneladas nas últimas semanas e não conseguimos avançar com as medidas provisórias", disse. Joice falou com a imprensa após participar de reunião com o presidente Jair Bolsonaro e a bancada de parlamentares do Nordeste, no Palácio do Planalto.

Ela falou que "algumas MPs estão em risco" e confirmou que o governo vai pedir a revogação da medida provisória 866, que trata da criação da empresa de navegação NAV Brasil. Nesta terça-feira, 21, ela afirmou que a decisão seria tomada caso a matéria atrapalhasse a votação de outra MP, a 870, que organizou os ministérios do atual governo. "É o preço muitas vezes que se paga pela falta de tato ao lidar com pessoas dentro do Congresso."

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann
Foto: Adriano Machado / Reuters

Joice falou que tem feito todo o seu trabalho "e mais um pouco que não é da sua responsabilidade". "Quem está atrapalhando no meio do caminho que responda por si", disse. Ela ponderou que não se refere ao presidente Jair Bolsonaro, e sim a integrantes do Congresso, e que defende a "pacificação".

Questionada sobre o desentendimento entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), ela respondeu "pois é". "Vou fazer o meu trabalho e tocar no que dá para fazer", disse, ao ser questionada se o atrito poderia atrapalhar.

"O importante agora é traçar estratégia para aprovar o que tem que aprovar ali dentro. A gente está vendo que a falta de tato de algumas figuras que acham que no enfrentamento vão ganhar alguma coisa está nos gerando prejuízo", criticou.

A deputada afirmou que a reunião com a bancada do Nordeste foi positiva e que Bolsonaro demonstrou disposição em atender demandas da região. "Há um consenso que não se resolve o problema do Brasil sem resolver problema do Nordeste. Principal demanda é infraestrutura", afirmou. Ela contou, ainda, que os parlamentares destacaram a necessidade de esclarecer pontos da reforma da Previdência no Nordeste.

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