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Política

Jornal inglês: Bolsonaro está levando Brasil ao desastre

Artigo do Financial Times defende que o presidente tem responsabilidade pela perda de controle da pandemia no Brasil

25 mai 2020 - 12h39
(atualizado às 13h31)
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A versão digital do Financial Times desta segunda-feira, 25, traz uma coluna do jornalista Gideon Rachman, um dos mais importantes do Reino Unido, com o título "O populismo de Jair Bolsonaro está levando o Brasil ao desastre".

Bolsonaro fala a apoiadores durante manifestação em Brasília
 19/4/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro fala a apoiadores durante manifestação em Brasília 19/4/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

No artigo, Rachman defende que o presidente brasileiro tem responsabilidade pela perda de controle da pandemia no País, na medida em que as respostas do governo federal ao coronavírus têm sido, na avaliação do colunista, "caóticas". "O Brasil já está pagando um preço alto pelas palhaçadas de seu presidente - e as coisas estão piorando rapidamente por lá", afirma o jornalista, destacando que Bolsonaro desrespeita frequentemente as recomendações de distanciamento social de autoridades de saúde e incentiva o mesmo comportamento a seus seguidores. "Como resultado, os danos à saúde e à economia provavelmente serão mais severos e mais profundos do que deveriam ter sido", completa.

O texto ainda compara Bolsonaro ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas diz que o mandatário brasileiro é "muito mais estúpido", sendo esta a avaliação de uma fonte de Rachman ligada ao setor bancário. Prosseguindo nos paralelos entre os líderes, o jornalista britânico cita o que chamou de "obsessão" de ambos pelo uso da cloroquina para o tratamento contra o novo coronavírus, ainda que não haja eficácia comprovada do medicamento no combate à doença. "Bolsonaro forçou o Ministério da Saúde brasileiro a emitir novas diretrizes", comenta o colunista, chamando a decisão de "irresponsável" e "perigosa".

Rachman defende que o não haverá unidade nacional no Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. "No estilo populista clássico, ele vive da política da divisão", avalia o jornalista.

Estadão
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