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Política

Jornal: "Nós viramos uma página", diz Dilma sobre Petrobras

Presidente acredita que retomada da estatal, que já recuperou produção, depende agora das condições do mercado

8 jun 2015 - 10h36
(atualizado às 10h38)
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A presidente Dilma Rousseff (PT) concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal Estado de S. Paulo neste domingo (7). Entre um assunto e outro, a petista comentou a "recuperação" da Petrobras, que, segundo ela, conseguiu retomar, mesmo em meio às investigações da Operação Lava Jato, sua capacidade de produzir. 

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“Nós viramos uma página. A imagem da Petrobras vai depender muito da vida dela daqui pra frente. A Petrobras recuperou a capacidade de produzir. Não que estivesse comprometida, mas não é fácil produzir pré-sal. Este ano a Petrobras conseguiu duas coisas: publicou o balanço após os problemas gravíssimos que a Lava Jato levantou. Mas uma empresa que tem mais de 90 mil funcionários, que ganhou o prêmio na OTC por inovação, pela capacidade de extrair de áreas profundas, não está comprometida por cinco, seis, sete, ou sei lá quantos anos. A Petrobras tem hoje todas as condições, mas, obviamente, o mercado precisa ajudar", disse. 

Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em 19 de maio de 2015
Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em 19 de maio de 2015
Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR

A presidente falou ainda sobre as críticas que têm sido feitas ao ministro Joaquim Levy por conta das medidas impopulares do ajuste fiscal, que devem pautar, inclusive, o 5° Congresso do PT, realizado a partir de quinta-feira (11) em Salvador. “Todo mundo aguenta. Eu acho injustas (as críticas a Levy) porque não é responsabilidade exclusiva dele. Não se pode fazer isso, criar um judas. Isso é mais fácil. É bem típico e uma forma errada de resolver o problema", afirmou. 

Durante a entrevista ao Estadão, Dilma também se declarou, mais uma vez, contrária à redução da maioridade penal, defendeu a regulamentação dos trabalhadores terceirizados (desde que se diferencie a atividade-meio da atividade-fim), alegou ter uma relação "independente e harmoniosa" com o Congresso e ressaltou não acreditar que as denúncias que caem atualmente sobre a Fifa cheguem à realização da Copa do Mundo no Brasil. 

"Se tem problema na CBF, na Fifa, que comece a ser investigado. Quem tiver de ser punido, que seja. E que se coloque de forma clara que estes organismos têm de ser transparentes e prestar contas, porque mexem com volume grande de dinheiro. Não vejo motivo (para chegar à Copa no Brasil). O Brasil não é um país qualquer em matéria de futebol. Não precisamos pagar ninguém para trazer a Copa, que foi a mais lucrativa que se tem notícia. Por aí eu não acho que é a questão, não. Mas que tem de investigar todas as decorrências e as relações entre a Fifa e todas as Copas, acho que tem. Todas, sem exceção", concluiu. 

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Fonte: Terra
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