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Política

Juiz determina suspensão de canal que caluniou Boulos

Blogueiro Oswaldo Eustáquio acusou, sem provas, o candidato psolista de contratar empresa fantasma

15 nov 2020 - 14h49
(atualizado às 14h54)
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O juiz eleitoral Emílio Migliano Neto, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, mandou suspender o canal do blogueiro Oswaldo Eustáquio no Youtube após o bolsonarista continuar a atacar o candidato à Prefeitura pelo PSOL, Guilherme Boulos. Na quarta, 11, o magistrado mandou a plataforma tirar do ar uma publicação que acusava o psolista de 'lavar dinheiro' - a declaração foi encarada pela Justiça como 'sabidamente inverídica'.

Juiz determina suspensão de canal que caluniou Boulos
Juiz determina suspensão de canal que caluniou Boulos
Foto: Marcello Dias / Futura Press / Estadão Conteúdo

Apesar da ordem judicial, a campanha de Boulos apresentou nova ação após Oswaldo Eustáquio publicar novos vídeos com trechos da publicação anterior, mantendo ataques contra a campanha. A peça chegou a ser usada pelo candidato Celso Russomano (Republicanos), nome do Planalto na disputa municipal de São Paulo, durante um debate na semana passada.

"Ambos os vídeos veiculados no canal pessoal do ora representado (Oswaldo) e questionados por meio da presente ação utilizam trechos inteiros dos outros dois vídeos, cuja retirada do ar já foi determinada por este mesmo Juízo Eleitoral, e o que ainda é mais grave, utilizam trechos de vídeo feito pelo candidato Celso Russomanno com os mesmos fatos e veiculado por meio da plataforma WhatsApp às vésperas da realização das eleições municipais", afirmou o juiz Migliano Neto.

O magistrado destacou que as publicações 'têm nítido conteúdo ofensivo à honra' de Boulos, o que já foi reconhecido em decisão anterior. Na liminar de quarta, Migliano Neto disse que as acusações de Oswaldo Eustáquio contra o psolista 'não encontra lastro nem sequer em indícios' e poderia ser 'adjetivado de sabidamente inverídicas'.

Oswaldo Eustáquio é investigado junto do blogueiro Allan dos Santos e da extremista Sara Winter no inquérito que investiga suposto esquema de organização e financiamento de atos em defesa da ditadura militar e pelo fechamento do Congresso Nacional.

Em julho, ele foi preso pela Polícia Federal após transitar pela fronteira com o Paraguai e foi proibido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de utilizar as redes sociais (sua conta é administrada hoje por aliados).

A reportagem busca contato com a defesa de Oswaldo Eustáquio. O espaço está aberto a manifestações.

Estadão
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