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Política

Juíza do Amazonas manda para Justiça Federal Caso Dom e Bruno

Jacinta considerou que a motivação dos assassinatos de Bruno e Bom está diretamente ligada com os direitos indígenas

7 jul 2022 - 18h26
(atualizado às 18h47)
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Juíza do Amazonas manda para Justiça Federal Caso Dom e Bruno
Juíza do Amazonas manda para Justiça Federal Caso Dom e Bruno
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

A juíza Jacinta Silva dos Santos, da Comarca de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas, remeteu para a Justiça Federal o processo sobre os homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, na região do Vale do Javari, no dia 5 de junho. A decisão atendeu um pedido do Ministério Público do Estado, que pediu declínio de competência para o âmbito federal.  

Ao analisar o relatório das investigações realizadas pelas Polícias Civil e Federal, Jacinta considerou que a motivação dos assassinatos de Bruno e Dom está diretamente ligada com os direitos indígenas, 'cuja análise da matéria jurídica é de competência da Justiça Federal', informou o Tribunal de Justiça do Amazonas. 

"Essas informações não constavam anteriormente nos autos, o que permitia, portanto, a atuação do Juízo estadual nesse processo", disse a juíza.

O declínio de competência será analisado pela Justiça Federal, que vai verificar se fica com o caso. Caso aceite processar a investigação, o juízo federal vai analisar o pedido da Polícia para a conversão da prisão dos três principais investigados em preventiva - quando não há data para a prisão acabar.

Os três suspeitos presos por suposta participação no assassinato de Bruno e Dom são Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, conhecido Pelado da Dinha, que se entregou ontem na Delegacia de Atalaia do Norte. Eles tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça do Amazonas.

A PF ainda investiga a suposta participação de mais cinco pessoas na ocultação dos corpos.

Estadão
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