Juíza manda Flávio Bolsonaro retirar do ar vídeo do pai dizendo que Boulos defende traficantes
Para magistrada, fala do ex-presidente é 'extremamente desonrosa e visa ofender e macular a imagem do autor perante o eleitorado, extrapolando o direito à liberdade de expressão'
A juíza auxiliar da propaganda da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, Claudia Barrichello, concedeu liminar na tarde desta segunda-feira, 14, para determinar que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) retire do ar vídeo do pai dele, Jair Bolsonaro (PL), chamando Guilherme Boulos (PSOL) e aliados de "laia que não presta" e defensores de traficantes.
Para a magistrada, a fala do ex-presidente republicada pelo senador extrapola a liberdade de expressão.
"A afirmação de que o requerente vai colocar na Prefeitura 'essa laia que não presta, essa laia de zumbis, de pessoas desqualificadas, invasor de propriedade, que defende a liberdade para traficantes', é extremamente desonrosa e visa ofender e macular a imagem do autor perante o eleitorado, extrapolando o direito à liberdade de expressão. Também a afirmação de que o autor 'idolatra invasões de propriedades privadas e que prega o ódio àqueles que geram empregos' tem o objetivo de objetivo único de ofender a honra pessoal do candidato requerente", escreve a juíza.
O parlamentar tem 24 horas para retirar o vídeo do ar. Caso queira, ele pode apresentar defesa em até dois dias. No mérito, os advogados de Boulos pediram aplicação de multa no valor de R$ 30 mil a Flávio Bolsonaro pela publicação.