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Política

Juíza que gritou com testemunha em Santa Catarina pede afastamento para tratar de transtorno bipolar

Desde 2014, magistrada apresentou atestados frequentes para cuidar do mesmo transtorno

30 nov 2023 - 22h05
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A juíza substituta Kismara Brustolin, do Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região (TRT-12), de Santa Catarina, que gritou com uma testemunha que não a chamou de "Excelência" durante depoimento na Vara de Trabalho de Xanxerê, pediu afastamento para tratamento de saúde por transtorno bipolar. O pedido foi concedido e é válido por 15 dias, segundo o tribunal.

Kismara Brustolin, juíza que gritou com testemunha em SC, ganha R$ 33 mil por mês
Kismara Brustolin, juíza que gritou com testemunha em SC, ganha R$ 33 mil por mês
Foto: @KismaraBrustolin via Facebook / Estadão

Antes, o TRT-12 já havia informado que apura os fatos envolvendo a juíza e que ela ficaria afastada até o fim do procedimento interno. "A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico", informou o tribunal.

Juíza grita com testemunha: 'Tem que responder assim: 'O que a senhora deseja, Excelência?'; assista
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  • Vídeo da audiência mostra a juíza exaltada. Ela exige da testemunha tratamento reverencial. "Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: 'O que a senhora deseja, Excelência?' Responda, por favor."

    O homem demonstra não ter entendido o que aconteceu. Em seguida, a magistrada adverte: "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado", avisa. Ela o chama de 'bocudo'.

    Em seguida, Kismara Brustolin determina que a testemunha seja removida da audiência virtual. Ela afirma ao advogado: "Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito. Ele (testemunha) não cumpriu com a urbanidade e a educação."

    O Estadão também pediu um posicionamento da magistrada via assessoria de imprensa do TRT, mas não obteve retorno.

    Estadão
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