Itália adia extradição de Pizzolato ao Brasil por 2 semanas
O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, decidiu adiar por pelo menos duas semanas a entrega de Henrique Pizzolato às autoridades brasileiras, que estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira (7).
Nos últimos dias, o ministro da Justiça tem sido pressionado por senadores de sua própria legenda, o centro-esquerdista Partido Democrático (PD), a reconsiderar sua decisão de extraditar o brasileiro. No entanto, na segunda-feira passada (5), ele disse que não acreditava em uma "solução diferente" para o caso.
Um grupo liderado pelos senadores Luigi Manconi e Cecilia Guerra apresentou um requerimento urgente cobrando de Orlando o cancelamento da extradição. Eles alegam que, por ser cidadão italiano, Pizzolato tem o direito de cumprir a pena no país europeu, pois o sistema penitenciário do Brasil ofereceria "graves riscos" à sua integridade.
Além disso, os parlamentares dizem que o ex-diretor do BB ainda responde a um processo por falsidade ideológica na Itália e uma expulsão violaria seu direito à defesa. Juridicamente, não há mais nenhuma barreira para a extradição. Todos os recursos possíveis, inclusive um na Corte Europeia de Direitos Humanos, foram esgotados, e a decisão agora deve ser exclusivamente política.