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Política

Justiça federal de São Paulo dá 72h para EBC e União prestarem informações sobre live de Janja

Decisão da 25ª Vara Federal de São Paulo não contempla a primeira-dama e ainda não dá início ao prazo de defesa na ação popular

14 mar 2023 - 19h54
(atualizado às 21h36)
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JANJA2 - NACIONAL - 7/3/2023 - Brasília (DF) 07/03/2023 Primeira-Dama, Janja Lula Silva, Ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves e apresentadora Luana Xavier durante programa Papa de Respeito. FOTO LULA MARQUES / AGENCIA BRASIL
JANJA2 - NACIONAL - 7/3/2023 - Brasília (DF) 07/03/2023 Primeira-Dama, Janja Lula Silva, Ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves e apresentadora Luana Xavier durante programa Papa de Respeito. FOTO LULA MARQUES / AGENCIA BRASIL
Foto: LULA MARQUES/AGÊNCIA BRASIL / Estadão

A Justiça Federal de São Paulo concedeu 72h para que a União e a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) prestem informações sobre o "Papo de Respeito", programa apresentado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, por meio de uma live no canal da TV Brasil no YouTube no último dia 7.

A decisão foi proferida nesta segunda, 13, no âmbito da ação popular de autoria do vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil), e é assinada pelo juiz da 25ª Vara Federal de São Paulo, Djalma Moreira Gomes. A ordem é apenas de intimação - e não de citação, o que não abre o prazo de defesa - e não contempla a primeira-dama.

Ao Estadão, o atual presidente da EBC, Hélio Doyle, afirmou não ter sido ainda notificado. "Estamos tranquilos, não há ilegalidade nem irregularidade." Ele atribui essa e outras ações judiciais questionando a live a um movimento "natural" de oposição política.

Hélio Doyle, novo presidente da EBC, afirma estar 'tranquilo'
Hélio Doyle, novo presidente da EBC, afirma estar 'tranquilo'
Foto: Joedson Alves/Agência Brasil / Estadão

Um deles é o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), autor de outra ação popular que tramita no Distrito Federal. Embora ainda não haja decisão nesse processo, a União se manifestou nesta terça, 14, pedindo que seja reconhecida a prevenção de Djalma Moreira Gomes.

Caso o pedido seja acolhido, o processo de Kataguiri poderá ser juntado ao de Nunes.

O outro parlamentar é Carmelo Neto (PL), deputado federal do Ceará. Na tarde desta segunda-feira ele ingressou também com uma ação popular, perante a Justiça Federal do seu Estado. O pedido do cearense não inclui a primeira-dama como ré.

A live, transmitida na noite do último dia 7, teve como tema violência de gênero, dada a proximidade com o Dia Internacional da Mulher. Janja entrevistou Cida Gonçalves, ministra da Mulher da atual gestão.

O principal pedido dos parlamentares é de que a live seja retirada do ar através da concessão de liminares - decisões em caráter de urgência. Contudo, via de regra, não é cabível esse tipo de decisão contra atos do poder público - fundamento mencionado por Djalma Gomes. A lei de ação popular abre uma exceção para casos em que há prova de dano ao patrimônio público.

Questionada a respeito da decisão desta segunda, a assessoria de Janja afirmou que não se manifestará sobre o teor das ações.

Estadão
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