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Política

Justiça impõe distância mínima entre assessor de Marçal e marqueteiro de Nunes após soco em debate

TJ-SP mandou que sejam organizadas entradas e saídas separadas para os dois em todos os eventos em que eles possam se encontrar; defesa de Nahuel Medina não se manifestou

27 set 2024 - 17h34
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que Nahuel Gomes Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB), mantenha uma distância mínima de 10 metros do marqueteiro Duda Lima, que integra a campanha de Ricardo Nunes (MDB), durante os debates eleitorais. Fora desses eventos, a distância exigida é maior: Medina deve permanecer a pelo menos 300 metros de Lima e evitar qualquer local onde ele esteja, independentemente de quem tenha chegado primeiro.

A Justiça também mandou que sejam organizadas entradas e saídas separadas para os dois em todos os eventos de campanha em que possam se encontrar, a fim de evitar novos confrontos. A decisão ocorre após Medina agredir o marqueteiro de Nunes com um soco no rosto no debate entre os candidatos organizado pelo Flow. Procurada por meio da campanha de Marçal, a defesa de Medina ainda não se manifestou sobre a decisão.

A medida cautelar foi concedida após a defesa de Duda Lima recorrer da decisão de primeira instância que havia negado o pedido inicial de proteção por considerar que o episódio de agressão foi um ato isolado e pontual. O Tribunal, no entanto, entendeu que a agressão contra o marqueteiro foi grave e que se soma à escalada de violência na campanha eleitoral.

"Existe nos autos afirmação de que Nahuel Gomes Medina já teria tentado agredir outras pessoas em outro debate. Porém, assistindo o link trazido aos autos, observa-se que ele se aproxima de terceiro que o desafia. Ou seja, não fica claro quem inicia ou busca um confronto físico. Porém, é certo de que ele agrediu, com gravidade ainda a ser verificada, o recorrente. Ainda que o recorrente tenha tentado retirar de suas mãos um celular, segundo Nahuel Gomes Medina, não se justifica uma agressão do grau que ocorreu, que se percebe pelas fotografias do rosto e pelos pontos que sofreu Eduardo Rodrigues de Lima", diz o relator do caso, Lauro Mens de Mello, complementando que "a isso se acrescenta a escalada de violência na campanha eleitoral, em especial nos debates, como é fato público e notório, o que deve ser coibido".

A decisão do tribunal permite que Medina continue participando dos debates para não prejudicar a campanha de Marçal. No entanto, para evitar novos confrontos, a Justiça deu orientações específicas aos organizadores dos eventos, como garantir entradas e saídas separadas para ambos e reforçar a segurança no local.

"A decisão da Justiça deixa claro, àqueles que deturpam a verdade, quem é o agressor e quem é a vítima. Foi uma agressão grave e covarde, que a Justiça já deixa evidente que não passará impune. Isso mostra para a população que pode confiar no poder judiciário, nas pessoas de bem e estabelecer a verdade dos fatos", diz o advogado de Duda Lima, Daniel Bialski.

Estadão
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