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Política

Justiça investigará contrato do Poupatempo com ex de Wassef

16 jul 2020 - 19h21
(atualizado às 20h03)
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O deputado estadual Campos Machado (PTB) entrou com requerimento, nesta terça, 14, junto ao Tribunal de Contas de São Paulo pedindo esclarecimentos sobre um contrato de R$ 146 milhões firmado entre o Poupatempo e a empresa da família de Maria Cristina Boner Léo, ex-mulher do advogado Frederick Wassef que, até mês passado, defendia e prestava consultorias à família Bolsonaro.

A informação sobre o envolvimento da empresária no contrato foi divulgada no domingo, 12, pela revista Veja.

"Sem prejuízo de uma acurada investigação sobre a legalidade e a legitimidade do processo licitatório, correspondente ao contrato de gestão dos postos do Poupatempo no estado, (…) se faz urgente e necessário, e sem qualquer pré-julgamento, de quem quer que seja, a análise dos pré-requisitos de idoneidade", afirma o deputado no documento encaminhado ao presidente da Corte de Contas, conselheiro Edgard Camargo Rodrigues.

Frederick Wassef
Frederick Wassef
Foto: Wagner Pires / Futura Press

O parlamentar diz que o pedido de explicações decorre do "acervo de notícias, levantando peculiaridades do 'Modus Operandi' da Senhora Cristina Boner, através de empresas, consórcios, denúncias e envolvimento em escândalos de corrupção".

Campos, que é líder do PTB na Assembleia Legislativa de São Paulo, argumenta que a empresária tem histórico em casos suspeitos e sob investigação e cita o chamado 'Mensalão do DEM' e o suposto esquema de propinas operado no governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal - ambos investigados pela Operação Caixa de Pandora.

Campos destaca, ainda, que 'trata-se de um grupo empresarial frequentemente acusado de envolvimento em negócios suspeitos, que agora vai gerenciar serviços de altíssima relevância para o cidadão paulista'.

Com a palavra, a Prodesp, que administra o Poupatempo de SP

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com a defesa a Prodesp e aguarda resposta. O espaço permanece aberto a manifestações.

Com a palavra, Maria Cristina Boner Léo

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com a empresária. O espaço permanece aberto a manifestações.

Estadão
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