Justiça pede que Sergio Moro e Deltan Dallagnol expliquem gastos de campanha
Ações foram movidas por federação formada pelos partidos PT, PV e PC do B
Nomes que ficaram atrelados à Operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) , que agora é senador, e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), eleito deputado federal, terão cinco dias para explicar gastos das campanhas eleitorais para a Justiça.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, ambos foram questionados em ações movidas pela Federação Brasil da Esperança, que reúne os partidos PT, PV e PC do B.
No caso Moro, o então candidato deixou de declarar à Justiça Eleitoral gastos de campanha quando era filiado ao Podemos. Somente em abril, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) mudou de partido, filiando-se ao União Brasil.
"A ação do PT é mero choro de perdedor e reflete o medo do partido de enfrentar uma oposição inteligente e democrática no Senado", respondeu Moro à coluna sobre a ação. "Nada tememos, pois especulações fantasiosas não afetam a regularidade de nossas ações".
Por causa disso, Sergio Moro passou até mesmo a ser alvo de ação do PL, que o tinha como aliado. Na ocasião, a legenda presidiada por Valdemar Costa Neto pediu a cassação do mandato de senador.
Já no caso de Deltan, a Justiça quer que ele responda sobre pagamentos ao escritório do advogado Matheus Almeida Rios Carmo, que já trabalhou com o ex-procurador. Os pagamentos não tiveram sua fonte apresentada. Deltan disse que Carmo foi "contratado pelo partido, o Podemos, e que ele prestou" serviços de assessoria jurídica" durante sua campanha.