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Política

Kátia Abreu: PT foi ingrato e Haddad sumiu no impeachment

Vice de Ciro Gomes criticou partido concorrente em ato de campanha em São Paulo

16 set 2018 - 19h36
(atualizado em 17/9/2018 às 08h20)
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A ex-ministra Kátia Abreu, vice na chapa de Ciro Gomes (PDT), criticou neste domingo, 16, o PT por "ingratidão" e acusou seu candidato Fernando Haddad de ter se escondido durante o impeachment de Dilma Rousseff. "O PT demonstrou a maior ingratidão neste País com relação a mim, ao Ciro Gomes e ao PDT. Fomos parceiros de todas as horas, por exemplo no impeachment. Onde estava o Haddad durante o impeachment?", declarou a jornalistas após participar de evento neste domingo, 16, em São Paulo.

"Hoje eu sei, ele (Haddad) está do lado de Eunício Oliveira, que foi um dos arquitetos do golpe neste País", completou a ex-ministra. "A Kátia Abreu estava na frente da Dilma, defendendo ela em todas as circunstâncias", disse ela. A candidata a vice de Ciro disse que o PT "poderia refletir" que o PDT é o único partido neste momento a ter chance de derrotar Jair Bolsonaro (PSL) e apoiar o partido. "Já provamos por A mais B, o PDT, o Ciro e a Kátia Abreu, que somos amigos de todas as horas (do PT)."

A senadora e candidata a vice de Ciro Gomes, Kátia Abreu
A senadora e candidata a vice de Ciro Gomes, Kátia Abreu
Foto: Adriano Machado / Reuters

"Neste momento sabemos o risco que o País corre de cair na mão de uma extrema direita radical, de nós perdermos tudo o que nós conquistamos, a nossa democracia tão valiosa", disse Kátia Abreu.

Na rápida entrevista a jornalistas, em um portão do parque do Ibirapuera, onde Ciro fez campanha em uma "caminhada pela paz", a ex-ministra também criticou Bolsonaro, afirmando que ele é "um tanto reacionário, de extrema direita, ditatorial e até mesmo com algumas características fascistas", e defendeu que Ciro pode unificar o País. "A pesquisa está mostrando que Ciro é o único que consegue derrotar o fascismo de extrema direita", afirmou.

"Estou muito confiante porque Ciro Gomes está representando uma união que o Brasil está precisando, uma pacificação. As discussões de direita e esquerda são louváveis e deverão continuar, mas não podem virar uma guerra", disse ao falar das perspectivas para as urnas após as últimas pesquisas de intenção de voto, que mostraram rápido crescimento de Haddad.

"Mesmo Ciro tendo posição de centro-esquerda e eu de centro-direita, nós queremos deixar essas discussões ao largo e governar para o brasileiro desempregado, abaixo da linha de pobreza", afirmou ela, ressaltando que tanto a esquerda como a direita têm boas ideias para melhorar o País e que precisam ser postas em prática.

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