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Política

Lava Jato aciona EUA para chegar ao operador da Odebrecht

Investigadores americanos atuarão na triagem de depósitos de propina feitos em contas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa

22 jun 2015 - 09h30
(atualizado em 25/9/2015 às 12h19)
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Americanos cooperam nas investigações de depósitos em contas de Paulo Roberto Costa
Americanos cooperam nas investigações de depósitos em contas de Paulo Roberto Costa
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

A força-tarefa do Ministério Público Federal terá auxílio das autoridades dos Estados unidos para tentar desmontar a engrenagem que seria utilizada pela Construtora Norberto Odebrecht para pagamentos de propinas via empresas offshores em nome de terceiros e contas secretas no exterior. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Na sexta-feira, Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da companhia, foi preso junto com outros 11 executivos do grupo e da construtora Andrade Gutierrez.

De acordo com a publicação, investigadores dos Estados Unidos atuarão na triagem dos depósitos de propina feitos em contas que eram do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Costa devolveu R$ 23 milhões apreendidos na Suíça que são utilizados como provas materiais pelo MPF – o órgão acredita que os valores têm ligação com a Odebrecht.

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De acordo com a publicação, o doleiro Bernardo Schiller Freiburghaus – que está na Lista Vermelha de procuradores da Interpol – é figura central nas investigações da Lava Jato em parceria com os americanos. Ele é acusado de ser o operador das propinas da Odebrecht.

A força-tarefa da Lava Jato pedirá a autoridades americanas a ampliação do rastreio de dados bancários, agora envolvendo o suposto operador de propinas da construtora, referente às transações bancárias que passaram pelos Estados Unidos.

Segundo o Estadão, Freiburghaus é cidadão suíço, com mãe brasileira, e morava no Rio de Janeiro, onde era dono da Diagonal Investimentos. Após se deflagrada em março de 2014 a fase ostensiva da Operação Lava Jato, ele deu baixa em seu passaporte brasileiro e voltou para a Suíça, onde mora.

Em contato com o jornal, a Odebrecht afirmou que não possui, nem nunca possuiu, qualquer relação com Bernardo Freiburghaus. Além disso, ressaltou que não fez nenhum pagamento de propina a qualquer executivo da Petrobras.

Fonte: Terra
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