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Política

Operadores da Lava Jato foram 1,8 mil vezes na Petrobras

Um documento enviado ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da operação, confirma que Barusco negociava propinas e formas de pagamentos

2 mai 2015 - 08h44
(atualizado em 25/9/2015 às 12h54)
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Dez lobistas envolvidos como operadores no esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato visitaram a estatal pelo menos 1,8 mil vezes entre 2000 e 2014. Segundo o jornal O Estado de SP, os nomes foram indicados em delação premiada pelo ex-gerente executivo da petrolífera, Pedro Barusco, principal aliado do ex-diretor de serviços Renato Duque.

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Ex-gerente da estatal, Pedro Barusco informou sobre o fluxo de corrupção na estatal por meio de delação premiada
Ex-gerente da estatal, Pedro Barusco informou sobre o fluxo de corrupção na estatal por meio de delação premiada
Foto: Agência Câmara

Um documento enviado ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da operação, confirma que Barusco negociava com operadores não apenas a propina, mas “a maneira pela qual ocorreriam os pagamentos”.  Barusco citou visitas de Mario Goés, Zwi Zcorniky, Guilherme Esteves de Jesus, Milton Pascowitch, Shinko Nakandakari, Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, Atan de Azevedo Barbosa, Bernardo Freiburghaus, Augusto Amorim Costa, Cesar Roberto Santos Oliveira e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. No entanto, o nome de Vaccari no documento “liberação de visitas”, encaminhado pela estatal à Justiça.

O documento mostra o nome, documento de identidade, data e hora de entrada e saída e o nome do visitado.  Dentre os funcionários visitados constam José Gabrielli (ex-presidente), Graça Foster (ex-presidente), Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento), Nestor Cerveró (ex-diretor Internacional), Jorge Zelada (ex-diretor Internacional), Ildo Sauer (Gás e Energia) e Glauco Legatti (ex-gerente da Refinaria Abreu e Lima).

Segundo o jornal, os ex-presidentes e ex-diretores da Petrobras não foram encontrados para comentários. O único a responder foi o advogado João Carlos Castellar, defensor de Glauco Legatti, disse que seu cliente “nunca recebeu Bernardo Freiburghaus na Petrobras”, como consta no documento. O doleiro que teria ajudado a colocar US$ 2 milhões em contas de Barusco na Suíça, disse que “não conhecia ninguém”.  

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Fonte: Terra
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