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Lava Jato

Defesa de Dilma quer que TSE ouça Yunes e Padilha

14 mar 2017 - 10h17
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Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil
Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil
Foto: Getty Images

A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff quer que o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), colha o depoimento do advogado José Yunes e do ministro-chefe Casa Civil, Eliseu Padilha.

O advogado de Dilma, Flavio Caetano, entrou ontem (13) à noite com uma petição para que os dois sejam ouvidos pelo ministro, que é relator da ação eleitoral que investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer na campanha de 2014 à Presidência.

No mês passado, Yunes prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) e disse ter servido como "mula" de Padilha para o repasse de dinheiro vivo, cuja destinação seria o caixa 2 de campanhas do PMDB. O advogado, que até dezembro integrava o governo de Michel Temer, confirmou à imprensa o teor das declarações.

Inicialmente focado em irregularidades na contratação de gráficas, Benjamim, desde o início deste mês, resolveu investigar também os indícios revelados pela Operação Lava Jato de que a empreiteira Odebrecht fez doações ilegais à chapa. Ele já ouviu o ex-presidente-executivo da empresa Marcelo Odebrecht, bem como outros seis ex-funcionários.

De acordo com informações vazadas pela imprensa, Odebrecht admitiu a Benjamim ter feito repasses milionários e não declarados a diversos partidos.

Na petição protocolada na noite de segunda, a defesa de Dilma pede ainda que Benjamin ouça presidentes dos nove partidos que compunham a coligação da chapa Dilma-Temer. Caetano pediu também para ter acesso ao teor dos depoimentos dados pelos executivos da Odebrecht após acordos de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato, que são mantidos sob sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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