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Lava Jato

Moro volta a negar suspensão de ação contra Odebrecht

16 fev 2016 - 08h07
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Odebrecht está sendo investigada pela Operação Lava Jato por eventuais repasses a contas de João Santana, marqueteiro do PT
Odebrecht está sendo investigada pela Operação Lava Jato por eventuais repasses a contas de João Santana, marqueteiro do PT
Foto: Divulgação/Odebrecht / O Financista

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Federal em Curitiba, negou, mais uma vez, recurso da defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht para suspender o prazo para alegações finais, última fase da ação penal antes da sentença, num dos processos gerados pela Operação Lava Jato. Moro reanalisou os questionamentos dos advogados após determinação do Tribunal Regional Federal (TRF4), sediado em Porto Alegre.

Ao analisar os recursos, Moro entendeu que os questionamentos da defesa são protelatórios. Os advogados questionaram algumas provas fora do prazo permitido, segundo o juiz. Além disso, a defesa reiterou pedido para ouvir o ministro da Justiça do Canadá, sem justificar a necessidade. Os ex-executivos da Odebrecht alegaram que as interceptações telefônicas em seus celulares, da marca BlackBerry, empresa sediada no Canadá, são nulas, por violarem acordo de cooperação entre Brasil e aquele país.

"Embora deva-se respeitar a ampla defesa, não vai ela ao ponto de justificar a apresentação de requerimentos probatórios intempestivos, nem ao ponto de justificar a produção de provas manifestamente protelatórias, como aqui evidenciado pela pretensão em ouvir cinco testemunhas residentes no Canadá, inclusive o ministro da Justiça daquele país, que nada sabem sobre os fatos relevantes da investigação e acerca de interceptação de Blackberry que não produziu, para este caso, qualquer resultado probatório relevante.", argumentou Moro.

Em julho do ano passado, ao decidir pela abertura de ação penal contra ex-dirigentes da empreiteira, Moro afirmou que há evidências de que a Odebrecht fez pagamentos a ex-diretores da Petrobras, por meio de contas na Suíça.

Os documentos que comprovariam os pagamentos são contestados pela empresa. Para a defesa, os documentos, que estavam em poder do Ministério Público da Suíça, não podem ser utilizados nas investigações pelo fato de a Justiça suíça reconhecer que ocorreram erros procedimentais no repasse dos dados para o Ministério Público Federal.

Agência Brasil Agência Brasil
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