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Lava Jato

Lava Jato prende ex-secretário nacional de Justiça

Astério Pereira dos Santos ocupou o cargo de secretário nacional de Justiça no governo Temer

5 mar 2020 - 09h04
(atualizado às 10h29)
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A força-tarefa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro cumpre nesta quinta-feira (5) nove mandados de prisão contra pessoas envolvidas no pagamento de propina a membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), sendo um dos alvos o ex-secretário nacional de Justiça e ex-procurador fluminense Astério Pereira dos Santos.

Carro da PF durante fase da operação Lava Jato no Rio de Janeiro 28/07/2015 REUTERS/Sergio Moraes
Carro da PF durante fase da operação Lava Jato no Rio de Janeiro 28/07/2015 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Astério, que ocupou o cargo de secretário nacional de Justiça no governo Temer e que foi secretário de Administração Penitenciária do governo Rosinha Garotinho no RJ, foi detido em casa, no bairro do Leblon, área nobre da cidade, disseram duas fontes com conhecimento direto da operação.

Não foi possível contactar de imediato a defesa de Astério.

Ao todo, de acordo com comunicado da Polícia Federal, os agentes cumprem seis mandados de prisão preventivas e três de prisão temporária, além de 32 mandados de busca e apreensão. A PF tem como norma não identificar os alvos de suas operações.

A PF informou que a investigação envolve "uma rede de pagamentos de propina relacionada à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap)" e que o esquema "beneficiaria integrantes do TCE". O dinheiro era ocultado com uso de laranjas, pessoas jurídicas e familiares, acrescentou a polícia.

O MPF, que também participa da operação, informou que a acusação aborda 15 pessoas "envolvidas no pagamento de propina a conselheiros do TCE-RJ".

Em 2017, a Lava Jato já havia mirado o TCE fluminense e deteve quase todos os conselheiros do órgão por suspeita de envolvimento no esquema de propina do ex-governador Sérgio Cabral. Segundo as investigações, os conselheiros faziam favores ao ex-governador em troca de uma mesada.

Cabral fez delação premiada com a PF e, segundo fontes, prometeu no acordo apresentar novidades nos foros estadual e federal sobre seu esquema de corrupção.

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