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Líderes pressionam Maia a colocar caso Cunha em votação

2 ago 2016 - 07h41
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Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Líderes partidários aumentaram a pressão em cima do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para o processo por quebra de decoro de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ser colocado em votação na próxima semana. Há o receio entre os defensores da cassação que o caso acabe ficando para depois das eleições municipais, em novembro.

O caso está pronto para ser votado em plenário desde que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) negou recurso do peemedebista, em 14 de julho. No entanto, para entrar em votação, o parecer precisa ser lido em uma sessão deliberativa. Depois, ele passa a trancar a pauta em 48 horas.

Defensores da cassação queriam que Maia lesse o relatório até quarta-feira (3) pela manhã. Desta forma, ele poderia ser votado na próxima terça-feira (9). Como a campanha municipal começa oficialmente em 16 de agosto, esta seria a única janela possível de votar o parecer antes das eleições.

Ao ser cobrado por líderes do Psol, Rede, PSDB e PPS durante reunião de líderes, Maia evitou se comprometer com uma data. "Após ser pressionado, ele [Maia] ensebou. É o receio que o Cunha caia atirando", disse o líder do Psol, Ivan Valente (SP), fazendo referência a um suposto acordo de delação premiada, o que é negado por Cunha.

Segundo o relato de Ivan Valente, os principais partidos da Câmara cobraram uma postura de Maia após ele ser provocado pelo Psol. Porém, não se manifestaram após ele sair pela tangente e não se comprometer com uma data para a leitura do relatório. “Não queremos que comece a campanha eleitoral sem que esse caso seja concluído”, afirmou o líder da Rede Sustentabilidade, Alessandro Molon (RJ).

Votações

No entanto, a prioridade de Maia é limpar a pauta prioritária do governo interino de Michel Temer. O Palácio do Planalto quer ver aprovada nesta semana a proposta sobre a renegociação das dívidas dos estados. E, para a próxima semana, a discussão sobre o novo modelo de exploração do petróleo na camada pré-sal.

Pela manhã, Maia disse que não se comprometeu com qualquer data para votar o pedido de cassação. Ele voltou a afirmar que sua vontade é colocar o tema em apreciação quando o plenário tiver quorum alto. Para um deputado perder o mandato, são necessários pelo menos 257 votos favoráveis.

"Eu só vou tratar de Eduardo na quarta-feira. Hoje e amanhã, a prioridade é o projeto da renegociação das dívidas”, disse Maia na noite de ontem. O presidente da Câmara informou que, vencida a votação do projeto de interesse do governo, consultará os líderes sobre a data para o caso Cunha.

Fonte: Especial para Terra
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